A Magic Beans anunciou que conseguiu uma facturação 4,1 milhões de euros em 2024, o que correspondeu a um crescimento de mais 40% face ao período homólogo anterior. A empresa, que presta serviços na área da cloud, tem actualmente trezentos clientes em todo o mundo nos mais variados sectores de actividade e tem como filosofia «ser especialista no que faz» como salientou Vítor Rodrigues (na foto), CEO da Magic Beans.
Para este ano, a Magic Beans quer chegar aos 5,6 milhões de euros de volume de negócios, o que representa um acréscimo de 36% em relação ao ano anterior; além disso, quer aumentar a margem de lucro em 15%. O responsável acredita que 2025 «será bom» e responsabiliza-se por ter sido «ambicioso» nos anos anteriores, em que previu um crescimento na ordem dos 60%, que não se concretizou em virtude de condicionantes geopolíticas de mercado. Vítor Rodrigues deu o exemplo do atraso da entrada na Alemanha, que aconteceu devido ao facto de a «economia desse país ter caído».
O CEO revelou ainda alguns dos outros planos para este ano: «Temos metas ambiciosas que passam igualmente pela consolidação do nosso negócio em Espanha, chegando a 20 a 25% do negócio e pelo crescimento das nossas vendas nos mercados internacionais; por acelerar a nossa nova área de negócio de Data & AI (criada em 2024 com a designação Magic Data Business); por investimentos na melhoria da nossa parceria com a Microsoft; por ampliarmos a nossa quota no mercado das grandes empresas, bem como por aumentarmos, desenvolvermos e mantermos uma equipa de talentos de topo, que gostaríamos de fazer crescer até aos 100 até final do ano».
Internacionalização através de hub de vendas
A operar em Portugal, em Espanha, na Bélgica, no Luxemburgo, em Itália, na Holanda e na Suíça, a tecnológica passou, este ano, por um processo de consolidação da equipa em Lisboa «para ter mais massa crítica, passar conhecimento mais rápido e actuar melhor». Por outro lado, 2025 começou com a abertura do Portugal International Sales Hub, que faz parte da nova estratégia de internacionalização. Este centro da Magic Beans, que começou a operar a 6 de Janeiro, tem como objectivo «impulsionar o crescimento das vendas globais» colocando Portugal «no centro das operações». Vítor Rodrigues explica os motivos: «Faz muito mais sentido concentrarmos as pessoas em Portugal, e operarmos daqui para o resto do mundo, em vez de prosseguirmos a estratégia de abertura de subsidiárias físicas em vários países».
Isso significa também mais «exportações» e um «aumento dos níveis de eficiência, de escalabilidade e a optimização dos investimentos, proporcionando maiores retornos».
Com sede em Lisboa, este hub coordena as relações internacionais com os clientes, a expansão do mercado e o desenvolvimento dos negócios sendo um «um hub de venda e pré-venda» que conta com «seis colaboradores» e «oito projectos activos, dos quais três internacionais». O Portugal International Sales Hub tem o objectivo de alcançar uma «facturação de 1,5 milhões de euros até final do ano» e deve chegar «a dez profissionais até ao final do ano», afirma o responsável.