Na conferência de imprensa online que antecedeu a Tableau Conference, o CEO da empresa, Ryan Aytay, explicou que a «comunidade está a aumentar» com «taxas de crescimento de dois dígitos em perfis e visualizações». O responsável explicou a empresa ouviu os «clientes e parceiros para saberem aquilo de que precisam nesta revolução dos dados e de IA», de forma a trazerem «mais inovação» às soluções da Tableau.
A primeira novidade anunciada por Ryan Aytay foi que a plataforma Tableau Public (ou software de visualização de dados) passou a permitir a «gravação de ficheiros locais» na versão gratuita. Assim, o Tableau Desktop Public Edition deixa de exigir que os utilizadores publiquem o seu trabalho online, caso prefiram manter os seus projectos privados. O CEO revelou que este era um «pedido da comunidade».
A onda da IA
Elizabeth Maxson, chief marketing officer da Tableau, referiu que «só pode existir uma boa estratégia de IA, se existir uma boa estratégia de dados» e que é preciso que os «dados não sejam apenas uma buzzword, mas façam parte da mentalidade da organização em que todos os colaboradores entendem o seu valor, saibam interpretá-los e sejam capazes de agir com base em insights, para ajudar a empresa a ser bem-sucedida». A responsável avançou que a solução Tableau Pulse já está «disponível para todos os utilizadores» e tem novas funcionalidades: o ‘Ask Q&A’, que permite «dar respostas às perguntas sobre os dados»; o ‘Metrics Bootstrapping, que possibilita ter «métricas recomendadas por IA nos dahsboards»; e o ‘Metric Goals’, uma ferramenta que «estabelece objectivos e compara o progresso de uma métrica com um benchmark ou uma meta definida anteriormente».
A CMO falou ainda do Einstein Copilot for Tableau, lançado em versão beta no início de Abril. O assistente de inteligência artificial generativa da Salesforce, adaptado às soluções da empresa de analytics, possibilita que os utilizadores «façam perguntas sobre os seus dados em linguagem natural e tenham respostas sob a forma de visualizações de dados e texto». A ferramenta vai «acelerar a análise e preparação dos dados», acrescentou Elizabeth Maxson. Por fim, a responsável revelou que o Tableau Cloud vai passar a «estar alojado no Hyperforce», a infraestrutura de nuvem da Salesforce, «a nível global, a partir do Verão».
A próxima onda
O CEO da Tableau explicou a área data e analytics começou com uma «onda de full-service, passou para uma de self-service e que está numa onda de personalização», na qual a inteligência artificial tem uma grande importância. Sobre o futuro, o responsável disse que a empresa está a começar «uma quarta onda» em que quer dar respostas aos problemas actuais dos utilizadores que foram identificados em diversos estudos e relatórios: «os dados são muitos e fragmentados; há falta de confiança nos dados e insights; os insights são ignorados
e não ser possível reutilizar o que já foi feito».
Assim, o futuro da Tableau passa por «dados em tempo real e na nuvem, insights fiáveis através de automação para limpar, analisar e visualizar os dados, informações accionáveis e activos reutilizáveis», como revelou Southard Jones, chief product officer da Tableau, numa demonstração do que vai ser a próxima geração do software da empresa. A empresa anunciou ainda a expansão da parceria com a Databricks para permitir uma partilha mais fácil de dados entre as duas plataformas.