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Colt continua a apostar em Portugal: em 2022, investiu cinco milhões de euros

A empresa reuniu os jornalistas, em Lisboa, para falar dos resultados do ano passado e da sua estratégia de crescimento para 2023. A Colt espera chegar aos 150 colaboradores até ao final do primeiro semestre.

A Colt Tecnology Services Portugal revelou ter investido cinco milhões de euros em 2022 na expansão da capacidade da sua rede de longa distância e na «ligação a um novo data center em Riba d’Ave que vai estar operacional em Abril». Carlos Jesus, country manager da Colt Portugal e VP global service delivery, explicou a aposta: «Este investimento insere-se na estratégia de expansão contínua da nossa rede e visa aumentar a capilaridade em Portugal e na Península Ibérica, onde a Colt pretende reforçar a sua posição de liderança». A Colt, que tem operação em Portugal há mais de vinte anos, já investiu cem milhões de euros em infra-estrutura, rede de fibra óptica de alta velocidade e na contratação de recursos humanos.

O responsável revelou que, ao nível do negócio local, as receitas provenientes de SD WAN (Software-Defined Wide Area Network) e segurança cresceram 16%. Carlos Jesus disse ainda que a área das soluções de acesso à cloud e multicloud «aumentou 14%» em 2022. O responsável sublinhou que as receitas dos serviços on-demand, das soluções de grande largura de banda e capacidade e das redes de última geração «triplicaram, o ano passado, em Portugal». Carlos Jesus esclareceu que os serviços on-demand «vão revolucionar» as comunicações e deixou clara a visão da empresa sobre este aspecto: «Passa pelo online, por um portal independente onde é possível consumir comunicações apenas durante o período que se necessita e em que é possível aumentar e diminuir largura de banda, conforme a necessidade do utilizador». A área de shared services, na qual se incluem os três centros de competência nacionais da empresa, continua a crescer e é «tão ou mais importante que as outras», disse.

Equipa a aumentar
A Colt Portugal prevê continuar a crescer, em 2023, em quase todas as áreas e vai investir em «inteligência artificial, na expansão da rede, nas ligações aos cabos submarinos e na sustentabilidade». Para apoiar esta estratégia, a empresa quer reforçar a equipa, crescer «15% ano-a-ano» e chegar aos «150 talentos em Portugal, até ao final do primeiro semestre». Entre os perfis procurados pela tecnológica, estão software developers, especialistas de segurança e de redes IP, profissionais para as áreas de vendas, de gestão e de apoio aos clientes. Para atrair os profissionais, a Colt tem uma política «flexible first» para ter uma «poll de talento maior» e «níveis salariais superiores à média do mercado nacional, acrescidos de benefícios e bónus».

Ligada ao recrutamento está outra das metas da Colt Portugal, que quer aumentar ainda mais a contratação de mulheres em 2023 e «aumentar a actual quota de 32%». O country manager referiu que, numa área «tipicamente masculina e onde é difícil recrutar mulheres, a empresa conseguiu, no ano passado, que 45% dos novos contratados fossem do sexo feminino» e referiu o sistema adoptado pela empresa: «Na Colt temos uma política de igualdade, não só de acesso às carreiras, mas também a nível da paridade salarial e dos benefícios».

A sustentabilidade também é (e vai continuar a ser) uma das preocupações da subsidiária portuguesa; Carlos Jesus referiu que o nó de comunicações de Carnaxide foi o «primeiro em toda a Colt a usar energia 100% renovável», algo que acontece «desde 2019». Este é, assim, um exemplo a seguir em toda a empresa, que está ainda a proceder à optimização das redes de comunicações com recurso a «tecnologias verdes».