A Esprinet anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2023 em que as vendas atingiram 1,01 mil milhões de euros, um decréscimo de 11% face aos 1,1 mil milhões de euros alcançados no período homólogo. Portugal foi o único mercado europeu onde as receitas da empresa de serviços de consultoria, venda e aluguer de produtos tecnológicos e cibersegurança cresceram.
A facturação em Itália decreu 10% em relação ao primeiro trimestre de 2022 para 623,3 milhões de euros, assim como em Espanha onde a queda foi de 14% para 358 milhões de euros. Portugal registou vendas de 27,5 milhões de euros, crescendo 20% face aos 23 milhões conseguidos nos primeiros três meses do ano anterior.
Nos outros mercados da da União Europeia onde a Esprinet actua, a descida foi de 16% para 5,4 milhões de euros, mas fora da UE, a empresa conseguiu aumentar as vendas para 4,4 milhões e assim crescer 19%.
Já ao nível dos resultados líquidos, a tecnológica conseguiu manter-se lucrativa com 5,9 milhões de euros, mas isso representa um decréscimo de 41% face aos 10,1 milhões de euros do primeiro trimestre de 2022.
Alessandro Cattani, CEO da Esprinet, explica os resultados: «Os primeiros três meses de 2023 foram marcados por uma forte aceleração da nossa estratégia de convergência progressiva em ofertas de alto valor acrescentado. Não é por acaso que as soluções e serviços geraram bem mais de metade das margens do trimestre, o que permitiu compensar a difícil situação do mercado, o qual penalizou as vendas, sobretudo na esfera do consumidor, de produtos tradicionais, como ecrãs e dispositivos, que se caracterizam por margens mais baixas».
O responsável salienta quais as perspectivas da empresa: «Estamos cada vez mais empenhados em manter sob controlo a dinâmica de custos e margens, que nos tem permitido contrariar os efeitos de um mercado actualmente lento. Reconhecendo o vasto consenso que se verifica entre os analistas do mercado, acreditamos que na segunda parte do ano assistiremos a uma recuperação consistente da procura, o que melhorará o desempenho global, permitindo-nos projectar uma rentabilidade para este ano entre 85 e 95 milhões de euros, contra os 90,7 milhões de euros registados em 2022».
