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Magic Beans espera receitas de cinco milhões de euros em 2023

A empresa nacional reuniu os jornalistas para comunicar os resultados de 2022 e dar as suas previsões para este ano: continuar «a crescer entre 60 a 70%» e «chegar aos 120 colaboradores».

Vítor Rodrigues, fundador e CEO da MagicBeans

Foi em Lisboa que Vítor Rodrigues, CEO e fundador da Magic Beans, falou à imprensa do crescimento da empresa: a tecnológica fechou 2022 «com um crescimento de 75% e um volume de negócios de três milhões de euros». O responsável salientou ainda que o último ano foi também de foco na internacionalização e que a Magic Beans tem, actualmente, «escritórios em Portugal, Bélgica e Espanha, mas opera em Itália, Suíça e Holanda».

Para 2023, o objectivo é «crescer entre 60 a 70% e chegar aos cinco milhões de euros de receitas, o que para uma empresa portuguesa nunca é fácil», apesar de o CEO considerar a Magic Beans uma organização global, com uma estrutura e pensamento global».

Segundo Vítor Rodrigues, quando há um «aumento do volume de negócios, tipicamente isso é acompanhado do aumento do número de pessoas». Assim, no final de 2023, a tecnológica quer chegar aos 120 colaboradores e está já a «recrutar activamente». No entanto, tudo está «dependente do comportamento da economia».

Nas cinquentas contratações estimadas para este ano, o CEO disse estarem incluídos alguns profissionais de vendas que serão formados “in-house”, em academias da empresa, «aproveitando o conhecimento de décadas de desenvolvimento do negócio»; isto acontece, porque a empresa não encontra as pessoas indicadas no mercado.

Sobre as dificuldades em descobrir talento tecnológico, o responsável explica que há uma «grande preocupação com os colaboradores, em fazer com que se sintam bem e proporcionar formação e desenvolvimento nas carreiras» – tudo isto faz com que a attrition rate (a taxa de saída de pessoas) da Magic Beans seja de 4%, «quando em outras tecnológicas é de 20%», sublinhou Vítor Rodrigues.

Negócio internacional é vital
A Magic Beans tem planos para abrir novas operações na Alemanha, no Luxemburgo e na Áustria; Vítor Rodrigues não tem dúvidas de que o futuro passa pelos mercados externos: «Para já, o negócio internacional corresponde a 30% das receitas, mas o intuito é crescer e fazer com que o share de Portugal seja cada vez menor e chegue apenas a 20%». O responsável justifica isto com o facto de o mercado nacional ser «pequeno» e lembra: «Quando se tem ambições globais e de crescer não é possível ter uma visão única de operar apenas em Portugal».

A escolha das novas geografias estarão sempre sujeitas a três aspectos: «Estar a um máximo de 24 horas de avião, ou seja, que permita ir e voltar no mesmo dia; existir uniformidade legislativa e uma estrutura da economia semelhante à portuguesa, ou seja, na sua maioria de PME»; este último é uma «excepção no mercado germânico», mas, apesar disso, a empresa vai entrar na Alemanha, este ano.

Por outro lado, Vítor Rodrigues esclarece que 2023 poderá ser desafiante, porque a «maioria dos empresários nunca geriram em inflacção». Assim, isto poderá ser uma «ameaça», já que «acarreta um risco para a operação das organizações» e «exige um esforço adicional para perceber o que se vai fazer» já que «não há livros que ensinem isso».