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Atempo antevê explosão de dados estruturados

O mundo pós-2023 irá assistir a uma explosão de dados estruturados, juntamente com a já abundante quantidade de dados não estruturados, diz a francesa Atempo.

Starline/Freepik

Estima-se que, até 2025, 80% dos dados que encontrarmos serão não-estruturados, ou seja, não possuem estrutura definida e podem existir em diferentes formatos como texto, áudio, imagem ou vídeo. E se, antes, os dados não estruturados eram muitas vezes subutilizados dada a dificuldade associada à sua interpretação, as novas tecnologias facilitaram não só o entendimento como a extracção de valiosas informações desses dados não-estruturados. «No fundo, prevê-se que a transformação de dados não estruturados em dados estruturados vá ser particularmente exponencial nos próprios tempos», disse Louis-Frédéric Laszlo, vice-presidente de gestão de produtos da Atempo num briefing da IT Press Tour que se realizou em Lisboa.

Para termos noção da quantidade de dados de que se fala, a IDC reportou que o volume total de dados criados, capturados, copiados e consumidos em todo o mundo até 2024 ultrapassará os 149 zettabytes anuais, sendo que grande parte deles será não estruturado. «Vejo os dois mundos – dados estruturados e não estruturados – a convergirem com a necessidade de armazenamento unificado», explicou Laszlo aos jornalistas, o que significa que um único software de armazenamento terá de ser capaz de lidar com arquivos, objectos e blocos.

Para a Atempo, embora nenhum detalhe tenha sido revelado, isso significa que os produtos de software de gestão, movimentação e protecção de dados – Miria, Tina, Lina e Continuity – terão de operar num mundo unificado.

Em termos de roadmap a curto prazo, a empresa apresentou quatro pilares para o próximo ano: imutabilidade de dados end-to-end, integridade de dados, redução de custos para armazenamento de dados não estruturados, e sustentabilidade, ou seja, reduções de emissão de carbono, o que significa uma «economia de energia por parte do cliente ao utilizar os produtos da Atempo».

Neste encontro em Lisboa, a empresa revelou que a sua funcionalidade de análise de dados será alargada para fornecer níveis automáticos, com base nos custos de armazenamento, e que a movimentação de dados em modelo self-service fará igualmente parte da solução. O responsável explicou que o uso de analítica para impulsionar a redução de custos também será usado para «impulsionar a redução de energia de armazenamento» – aqui, o «renascimento do armazenamento em cassete» será um «meio de armazenamento de baixo custo e baixo consumo de energia».

De Quadratec a Atempo
Fundada em 1992, na altura com o nome Quadratec, a empresa francesa actua no mercado de software de protecção e gestão de dados. Tem mais de dois mil clientes e cerca de duzentos colaboradores, com um modelo de negócio sustentado na venda exclusiva por canal, nomeadamente para mercados verticais. Após várias “vidas” como entidade independente, a organização pertenceu ao ASG – Allen Systems Group e voltou ao “estado” anterior. Em 2006, a empresa adquiriu a Storactive; em 2017, escolheu a Synerway, outro ISV francês de protecção de dados; e, finalmente, em 2019 absorveu a Lima e lançou um laboratório de IA chamado Nextino.