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BPI chega ao metaverso com um balcão em realidade virtual

O banco afirma que é o «primeiro do mundo» a ter uma solução imersiva em realidade virtual e quer fazer evoluir a solução para que possa ser um «espaço de interacção com os clientes».

O BPI lançou um balcão em realidade virtual, uma experiência imersiva que constitui a primeira etapa da entrada do banco no metaverso e que faz parte da sua estratégia de inovação. A instituição financeira afirma que é a «primeira do mundo» a ter uma iniciativa desta natureza. O BPI VR é uma agência com dois pisos onde é possível encontrar áreas destinadas a particulares, empresas, à sustentabilidade, aos produtos-prestígio e à AGE, a oferta destinada a públicos mais jovens.

O novo serviço está acessível através do sistema Oculus Quest da Meta e foi criado em parceria com a Unity. Afonso Eça, director executivo do Centro de Excelência para a Inovação e Novos Negócio do BPI, explicou que a escolha recaiu sobre esta plataforma por ser «escalável» e porque também pode ser usada para «realidade aumentada», uma tecnologia que o banco pensa adoptar.

Francisco Barbeira, administrador executivo do BPI, revelou, durante a apresentação, que a solução pretende, para já, ser um «espaço de apresentação diferente do banco», mas que a ideia é fazer a evolução «para um espaço de interacção com os clientes» e, depois, chegar mesmo a ser um «espaço de contratação».

O BPI VR já está disponível na app store dos headsets da Meta e também em balcões do banco, em todo o País, onde clientes e potenciais clientes podem entrar nesta experiência imersiva. Francisco Barbeira salientou que o projecto constituiu «um investimento considerável», mas não revelou o valor concreto.

Apenas a primeira etapa
O balcão de realidade virtual é apenas o «primeiro passo» em direcção ao metaverso, esclareceu Francisco Barbeira. O administrador do BPI destacou que a instituição é uma das «mais activas na área da inovação», como provam «os prémios recebidos, em especial na área da banca digital». O mesmo destacou que o processo de inovação no BPI «tem sido incremental» e que, em Janeiro de 2022, o banco «decidiu criar uma equipa especial dedicada à inovação», cuja missão é «criar novas oportunidades de negócio». O metaverso é a «próxima iteração da Internet» e o BPI vê-o como a «intersecção das novas tecnologias de realidade virtual, aumentada e mista que permitem novas experiências aos consumidores»; «os mundos virtuais, como o Roblox, cuja actividade continua com o utilizador offline e que tem uma economia própria com itens criados e transaccionados nesses espaços» e a «Web3, que vem acrescentar conceitos como a propriedade digital e uma rede descentralizada e transparente».

Francisco Barbeira sublinhou que o BPI quer entrar nestas três áreas e que o futuro da banca e da inovação na área financeira passa por usar «realidade aumentada, virtual e mista como uma nova forma de interagir com os clientes», procurar ser um «intermediário nas novas economias criadas pelos mundos virtuais» e, no caso da Web3, pela «necessidade de custódia dos activos digitais»; segundo o administrador executivo do BPI, há «espaço para as instituições financeiras fazerem a diferença».

Afonso Eça referiu ainda que a maioria dos bancos tem apostado mais nos mundos virtuais e que o BPI decidiu explorar antes o metaverso através de realidade virtual para «trazer clientes ao balcão de forma inovadora» e «aprender e experimentar as novas tecnologias».