A Softinsa e a IBM Portugal assinaram um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Vila Real, o Regia Douro Park e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para a criação de um Centro de Inovação e Tecnologia nesta cidade.
A nova unidade, gerida pela Softinsa, fará parte integrante da rede de centros do grupo existentes em Tomar, Viseu, Fundão e Portalegre; numa primeira fase, a sede fica no Regia Douro Park e no campus da universidade.
Segundo Henrique Mourisca, director-geral da Softinsa, o centro tem a «grande vantagem de estar próximo de outros centros da Softinsa e do centro da Viewnext de Ourense», o que permite «criar sinergias muito importantes». Já Ricardo Martinho, presidente da IBM Portugal, sublinha que este Centro de Inovação e Tecnologia vai servir «clientes em Portugal e também no estrangeiro».
Sobre as soluções desenvolvidas, o responsável destaca a «colaboração com os clientes nos seus projectos de inovação e de transformação digital»; Henrique Mourisca revela quais serão as áreas chave: «Pretendemos focar-nos em projectos relacionados com cidades inteligentes e também na prestação de serviços na área da consultoria SAP. À semelhança dos restantes centros, e de forma a dar resposta a todos os projectos que temos, também iremos trabalhar em áreas como cloud, inteligência artificial, desenvolvimento aplicacional e business analytics, entre outras».
Criação de emprego e descentralização
Sobre a escolha de Vila Real, o responsável da Softinsa salienta que é uma região «muito rica a nível de talentos com capacidades» para os projectos que a empresa quer desenvolver, fruto do «excelente trabalho de formação da UTAD». O presidente da IBM refere ainda a «aposta do grupo no País através da descentralização», o que permite «aumentar a equipa com novos talentos e competências-chave». Já Henrique Mourisca destaca o apoio recebido: «Sentimos por parte da Câmara Municipal um envolvimento, compromisso e visão que reflectem aquilo em que acreditamos».
Esta aposta é um reflexo do sucesso dos outros centros, acredita o director-geral da Softinsa: «A abertura de um novo centro era algo que já tínhamos em mente há algum tempo. Temos verificado um crescimento significativo e sustentado em todos os outros centros: Tomar conta já com mais de duzentos colaboradores, Viseu com cerca de cento e cinquenta, Fundão com cerca de sessenta e Portalegre com trinta, o que tornou fácil esta decisão».
O responsável revela que o objectivo é «abrir ainda este ano e começar com cerca de cinquenta colaboradores», que «já estão a ser recrutados»; a perspectiva é chegar aos «trezentos colaboradores» até ao «final de 2025». De momento, a empresa está à procura de «consultores nas áreas técnicas de SAP FI, SAP LO e SAP ABAP, programadores e developers em React, Java, SQL, Angular, C, C++, OutSystems, Android, iOS, .NET, DevOps e BI», mas também de «recém-licenciados em engenharia informática para contratação em articulação com a UTAD», diz Henrique Mourisca.<