A Super Agent chegou ao mercado em Janeiro de 2021 e começou como uma extensão Web para gerir automaticamente as preferências de cookies e o preenchimento automático dos formulários, tendo lançado posteriormente uma app para iOS para adaptar os serviços de gestão de privacidade nos dispositivos móveis da Apple.
Para Francisco de Leite Castro, co-fundador da Super Agent, os objectivos da startup são claros: «A nossa missão passa por devolver o poder aos utilizadores para que possam tomar decisões informadas em relação aos seus dados e tornar a privacidade mais simples».
O responsável explica que a solução «replica um humano, carrega nas opções de cookies uma a uma e depois grava tudo». Basicamente, a startup usa uma extensão de javascript que «detecta os pop-ups de cookies em sites e, baseado nas preferências dos utilizadores, percorre as várias opções activando e desactivando as mesmas», de forma automática. Desta forma, a Super Agent garante uma «navegação mais rápida na Internet», dando prioridade ao «controlo sobre as preferências de privacidade do utilizador» e à «segurança».
A plataforma, que chegou recentemente aos cem mil utilizadores em todo o mundo, nasceu em «2020 durante um jantar», diz Francisco de Leite Castro. «Estava com um amigo a falar da quão negativa se tinha tornado a experiência de navegação na Internet. Naturalmente, a conversa levou a que falássemos da questão das cookies e de como as soluções existentes não resolviam o problema, apenas bloqueavam alguns pop-ups. Muitas vezes, isso quebrava funcionalidades no site e não havia qualquer controlo do utilizador sobre os seus dados», conta o empreendedor.
Mobile fez a diferença
A ferramenta da startup existe como uma extensão Web, que «funciona em todos os browsers baseados em Chromium», mas que também está disponível para o sistema operativo da Apple, sendo que o próximo passo é chegar aos smartphones Android. O co-fundador esclarece que esta expansão ainda não foi possível, porque «a maior parte dos browsers em Android ainda não é compatível com extensões».
A chegada ao iOS fez toda a diferença para a startup: a aplicação foi considerada um «must-have» pela marca da maçã, o que levou a um «aumento médio de 250%» do número de utilizadores nos últimos seis meses de 2021. Francisco de Leite Castro revela o impacto sentido: «Já sabíamos que tínhamos um produto bom e útil. Tínhamos um óptimo feedback dos nossos utilizadores. Mas quando se começa do zero, o crescimento mesmo sendo exponencial, é lento. Sermos recomendados pela Apple permitiu-nos dar um grande salto no nosso crescimento».
O plano, agora, é «chegar ao patamar de um milhão de utilizadores no final de 2022», mas esta meta pode sofrer uma alteração se a startup conseguir lançar a app Super Agent em Android; aí, serão «ainda mais ambiciosos no objectivo», diz o responsável, que não tem dúvidas quanto ao que querem para o futuro, além do aumento do número de utilizadores: «Vamos lançar a versão 2 do nosso algoritmo, que permitirá um funcionamento melhor e mais rápido. Queremos também lançar novas features, como o controlo de passwords, e uma solução direccionada para as empresas/websites». Isto possibilitará à startup nacional ter «maior abrangência e gerir termos e condições, políticas de privacidade, entre outras funcionalidades».