O relatório da Leap by McKinsey, pertencente à consultora McKinsey & Company, o desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços é uma das principais prioridades dos responsáveis das empresas.
O The state of new-business building, que inquiriu de 1100 inquiridos com cargos executivos em grandes organizações em todo o mundo, revela que a criação de novos negócios surge como uma prioridade para 21% dos executivos – o dobro do ano passado – enquanto que, para 55% surge como um dos três principais factores de crescimento.
Assim, metade dos entrevistados acredita que 50% das receitas globais até 2026 resultará de novos modelos de negócio, serviços ou produtos que não existem actualmente no mercado. Segundo a McKinsey apurou, a digitalização, a adopção de novas tecnologias e a sustentabilidade são os três factores que, nos próximos cinco anos, maior influência terão no crescimento e desenvolvimento de novos negócios.
«O lançamento de iniciativas inovadoras dentro das empresas responde a uma estratégia de crescimento e de aumento da rentabilidade. Segundo a nossa análise, sete em cada dez empresas que optaram pela construção de novos negócios como estratégia principal registaram taxas de crescimento superiores à média de outras empresas dos seus sectores», salienta Santiago Fernández, sócio da McKinsey & Company em Espanha.
O crescimento não é a única explicação para a aposta em novos negócios, já que cerca de 80% dos responsáveis refere também isso será um «meio de protecção contra a disrupção da sua indústria e de desenvolvimento de novas fontes de receita».
No que diz respeito à sustentabilidade, apenas cerca de 20% das empresas está a monitorizar os objectivos relacionados com a pegada de carbono ou outros impactos ambientais, mas mais de 90% dos gestores inquiridos afirmam que pretendem incluí-las nos seus novos modelos de negócio.
O relatório destaca ainda os aspectos organizacionais que têm influência no sucesso da criação de novos negócios: o envolvimento do CEO, a criação de uma estrutura organizativa eficiente e ágil, a aposta numa estratégia de aquisições activa, o conhecimento do mercado e do cliente e, ainda, uma liderança inclusiva.
O relatório conclui também que apenas 14% dos novos projectos empresariais são liderados por mulheres, identificando uma oportunidade de inclusão e diversidade. De acordo com o relatório, as empresas lideradas por mulheres superam os seus pares em 12% e uma maior diversidade nos conselhos de administração oferece maiores oportunidades de crescimento.