A Agência Nacional de Inovação (ANI) publicou o Relatório Nacional de Inovação 2024 (RNI 2024),
dedicado às áreas da Segurança e Defesa que mostra o crescimento da despesa em investigação
e desenvolvimento (I&D), aumento da qualificação da população e reforço da inovação empresarial.
O estudo, que resulta de um processo de co-criação com entidades públicas e privadas, mostra que a percentagem da população entre os 25 e os 64 anos com ensino superior, que passou de 27,5% em 2020 para 29,8% em 2023.
Além disso, houve um aumento de 11% dos diplomados do ensino superior que subiram de 85 799 no ano lectivo de 2019/20 para 95 608 em 2022/23. Por outro lado, registou-se um aumento de 24% nos doutoramentos e de 22% nos mestrados.
A despesa total em I&D ultrapassou os 4,5 mil milhões de euros, correspondendo a 1,7% do PIB quando em 2023 era de 3,2 mil milhões de euros e correspondia a 1,6% do produto interno bruto. Já as entidades da base tecnológica e industrial de defesa (BTID) e o Ministério da Defesa Nacional investiram 485,2 milhões de euros, mais 29% face a 2020.
A ANI indica que a inovação empresarial também cresceu com 44,7% das organizações a registar actividades inovadoras entre 2020 e 2022, percentagem que atinge 79,1% no caso das grandes empresas. No European Innovation Scoreboard 2024, Portugal continua a aparecer como inovador moderado.
Segundo o relatório, a infraestrutura digital e científica também evoluiu já que a plataforma NAU registou um aumento de 25% no número de utilizadores, a rede RCTS100 já cobre 90% das instituições de ensino superior e a plataforma de dados científicos POLEN ultrapassou os 10 petabytes de dados armazenados.
Apesar dos progressos, a ANI salienta que alguns desafios persistem, nomeadamente «na protecção da propriedade intelectual, na necessidade de uma maior capacidade de atracção e retenção de talento, no reforço da cooperação internacional e na aposta em áreas disruptivas como as tecnologias quânticas, a inteligência artificial e as aplicações de tecnologias espaciais».