Alberto Ruano, director-geral da Lenovo Ibéria, salientou que este foi «o segundo melhor ano fiscal da história» da empresa só ultrapassado pelo ano da pandemia. A tecnológica conseguiu uma facturação de 69,1 mil milhões de dólares em 2024/25, um crescimento de 21%, e lucros de 1,44 mil milhões de dólares, o que corresponde a um aumento de 36% face ao ano anterior.
«Todos os negócios cresceram a dois dígitos e o negócio não-PC correspondeu a 47% das vendas, tendo crescido 5%», avançou o responsável. Assim, a divisão de Intelligent Devices Group (IDG) chegou aos 50,5 mil milhões de receitas (+ 13%), mantendo-se a Lenovo como a «marca número um mundial» de PC e a Motorola, alcançando a «quarta posição a nível global» em smartphones. Já a unidade Infrastructure Solutions Group (ISG) conseguiu 14,5 mil milhões de dólares (+63%) e a de Solutions and Services Group (SSG) chegou aos 8,5 mil milhões de dólares (+13%).
A nível geográfico, a Lenovo cresceu em todo o mundo com a Ásia Pacífico a representar agora uma quota de 19% e com um aumento das vendas de 29%; a China a chegar aos 23% das vendas e crescendo 26%; a EMEA a representar 24% da quota da empresa com um crescimento de 16% e as Américas a ocuparem 34% do mercado e a aumentarem 19%.
Alberto Ruano disse que este é um ano de oportunidades dado que é uma altura de «mudança de equipamentos após o COVID, devido à actualização para o Windows 11 e aos investimentos em defesa, nomadamente para os negócios de infraestrutura e comunicações».
O director-geral disse ainda não temer a conjuntura mundial: «Temos 34 fábricas em todo o mundo e não estamos concentrados apenas numa área. Somos número um porque temos uma grande capilaridade de produção a nível mundial e estamos preparados para tudo».
Em Portugal, o desempenho foi igualmente muito bom já que as receitas da tecnológica «aumentaram mais de 20%», o número de activações cresceu 55% ano-a-ano e a Lenovo conseguiu mais 5% de quota de mercado, de acordo com dados da IDC.
O responsável esclareceu à businessIT qual a estratégia para o mercado nacional em 2025: «Continuar a consolidarmo-nos no mercado de consumo, reforçar a nossa presença no B2B e crescer com a Motorola. Queremos que o mercado português reconheça a Lenovo como uma marca global, incluindo de infraestruturas, e que os nossos clientes nos identifiquem como um fornecedor 360. E também crescer do ponto de vista organizacional. Vamos investir muito mais na notoriedade da marca e em soluções».
A tecnológica é número um em Portugal há seis trimestres consecutivos na área de consumo e Alberto Ruano referiu o que torna o clientes nacionais diferentes: «Os portugueses são early-adopters comparativamente a outros países e preferem a tecnologia ao preço».
No que diz respeito ao segmento B2B, o desempenho tem sido «muito bom, não só a nível ibérico, mas também a nível mundial». O director-geral da Lenovo Ibéria revelou os motivos: «O sector público, sector privado e a educação, onde temos mais de 50% do mercado. O nosso negócio é muito dinâmico e é por isso que investimentos muito em I&D com novos form-factors, tecnologias e produtos para que os clientes reconheçam a Lenovo como líder da indústria. Sermos líderes só por causa do preço, porque somos mais baratos do que os outros não é a forma certa. É por isso que escolhemos o caminho da tecnologia».