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Check Point: 65% das organizações sofreram incidentes na cloud nos últimos 12 meses

Segundo o relatório, 68% dos entrevistados consideram a IA prioritária, mas 75% têm pouca confiança na sua capacidade de defesa contra ciberataques feitos com recurso a inteligência artificial.

Rawpixel/Freepik

A Check Point Research (CPR) divulgou os resultados do Cloud Security Report 2025 que mostra que 62% das organizações já implementaram tecnologias cloud edge, 57% trabalham com nuvem híbrida e 51% utilizam múltiplos fornecedores.

Já ao nível dos incidentes, o relatório feito com base em questionários efectuados a mais de 900 CISO e líderes de TI, mostra que 65% das empresas experienciaram um incidente de segurança na cloud nos últimos 12 meses, em comparação com 61% no ano anterior.

Além disso, revela que 35% descobriu o ciberataque através de ferramentas de monitorização da segurança, 23% pelos utilizadores afectados e 12% por investigações de resposta a incidentes. Por outro lado, apenas 9% conseguiram detectar o incidente em menos de uma hora e só 6% resolveram no mesmo período.

A equipa de investigadores da Check Point Software Technologies alerta ainda que a complexidade pode estar a colocar em causa a protecção já que 71% utilizam mais de 10 ferramentas de cloud security e 16% têm mais de 50. Assim, 89% as organizações classificam o custo da gestão da segurança como moderado a extremamente significativo.

Há ainda o desafio do excesso de alertas, já que cerca de metade dos inquiridos recebe mais de 500 avisos diários, sobrecarregando as equipas e atrasando as respostas.

Segundo o relatório, apenas 17% têm controlo sobre tráfego ‘east-west’. Esta falha permite que atacantes se movam pelos ambientes sem serem detectados.

Já o nível da inteligência artificial, 68% dos entrevistados consideram a IA prioritária na ciberdefesa, mas 75% das organizações têm pouca confiança na sua capacidade de defesa contra ciberataques feitos com recurso a essa tecnologia e apenas 25% sentem-se preparados para atacar de forma eficaz estas ameaças.

Paul Barbosa, VP de Cloud Security da Check Point, explica que «com ambientes cloud cada vez mais complexos e ameaças automatizadas por IA a evoluir, já não é viável depender de ferramentas fragmentadas ou modelos antigos. É hora de migrar para defesas unificadas, inteligentes e automáticas, adequadas à realidade do mundo descentralizado de hoje».

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