A Eurotux comemora 25 anos de actuação no mercado nacional. Fundada por especialistas da Universidade do Minho, em parceria com uma empresa investidora, a empresa bracarense nascia com um objectivo muito claro: «Oferecer soluções tecnológicas confiáveis e robustas num mercado que, na altura, estava em crescimento», explicou à businessIT o CEO António Coutinho. Mas Braga ainda não era um pólo tecnológico e a prestação remota de serviços era vista com desconfiança: «O nosso primeiro grande desafio foi, assim, ganhar a confiança dos clientes e demonstrar que a qualidade do serviço era mais importante do que a localização geográfica».
Desde o início, a aposta em Linux e tecnologias open source foi estratégica: «Estávamos convencidos de que a transparência, segurança e flexibilidade dessas soluções seriam vantajosas para as empresas». Ao longo dos anos, esta visão, garante o CEO, provou-se acertada e foi esta abordagem «transparente e especializada que nos permitiu crescer e consolidar a nossa posição no mercado».
Entre os marcos mais significativos do percurso da Eurotux, António Coutinho destaca a expansão internacional: «A nossa entrada no mercado do Reino Unido foi um passo estratégico que mostrou que a nossa especialização técnica e a qualidade do serviço podiam competir a nível global». Outro momento-chave foi o crescimento do SOC – security operations center –, reforçando a aposta na cibersegurança. O ano de 2024 ficará para a história pelo facto de a empresa ter registado um «crescimento de 28 % na facturação» atingido os «dez milhões de euros.
Também as grandes transformações tecnológicas moldaram o percurso da empresa bracarense, desde a migração para a cloud, ao investimento em sistemas legacy, passanfo pelo IBM Power com AS/400 e o crescimento da cibersegurança. Hoje, a Eurotux apoia empresas na migração para a cloud, implementação de automação via DevOps e reforço da sua postura de segurança digital, «permitindo-lhes operar de forma mais ágil e eficiente sem comprometer a fiabilidade dos seus sistemas», explicou o executivo.
Parceiros de referência
Num cenário em que cloud e segurança são prioridades estratégicas, a Eurotux gosta de se assumir como um parceiro de referência: «Oferecemos soluções de Cloud & DevOps para optimizar custos e desempenho na cloud pública e híbrida, enquanto o nosso SOC Eurotux monitoriza ameaças e incidentes de segurança, garantindo uma abordagem proactiva à cibersegurança».
A adaptação à regulamentação europeia também faz parte da proposta de valor desta empresa, que admite que a implementação da NIS2 e da DORA «intensificou a procura por gestão de conformidade e resiliência digital». Assim, a Eurotux tem sido um «parceiro essencial para empresas que se querem alinhar com estas novas exigências regulatórias».
Nos próximos anos, a inteligência artificial e a automação serão, segundo António Coutinho, apostas estratégicas: «A manutenção preditiva, a detecção automática de anomalias e a resposta inteligente a incidentes são agora essenciais para garantir a resiliência das infra-estruturas tecnológicas». «Já não basta reagir – é essencial ter sistemas inteligentes que antecipem riscos, optimizem recursos e garantam operações mais eficientes e seguras», sublinha o CEO
Já como prioridade interna, a retenção de talento ganha particular relevância: «Quem está na Eurotux está sempre a aprender, e esse é um dos maiores motivadores para quem valoriza conhecimento e evolução profissional». Além da partilha de lucros e de aumentos anuais garantidos, a empresa aposta num ambiente de estabilidade e crescimento: «O nosso objectivo não é apenas atrair talento – é criar um espaço onde as pessoas querem ficar e crescer».
Para os próximos dez anos, a visão é colocar a Eurotux como uma «referência na gestão de infra-estruturas críticas e cibersegurança, mantendo o compromisso com confiança, estabilidade e inovação contínua», sempre tendo a internacionalização como prioridade: «Queremos reforçar a nossa presença no Reino Unido, um mercado onde já operamos e que apresenta boas oportunidades de crescimento». Em paralelo, António Coutinho adianta que 2025 será um ano de reforço na área da cibersegurança e de estreia na inteligência artificial: «Estamos a planear o lançamento de um serviço específico nesse sector. Acreditamos que a AI pode trazer ganhos de eficiência significativos, e faz todo o sentido que o grupo integre essa tecnologia na sua oferta».