De acordo com o relatório de ‘Tendências e Ciberameaças’ da equipa de Cyber Threat Intelligence da NTT DATA, as empresas vão aumentar, em 2025, os seus orçamentos de cibersegurança na ordem dos 40%, em resposta à crescente sofisticação dos ataques e à expansão do ransomware. Este facto na sequencia da organizações já terem gasto 35% no reforço da segurança digital no ano passado.
O estudo, que analisou o impacto das ameaças registadas a nível mundial durante o segundo semestre de 2024, revela que o grupos activos ligados à extorsão se aproxima da centena quando em 2022 eram pouco mais de metade (60).
O impacto dos ciberataques tem sido particularmente grave em determinados sectores como a administração pública e o governo. Esta área foi a mais visada com 1876 ataques registados, de acordo com a NTT DATA.
A educação, as universidades e as instituições de ensino posicionam-se em segundo lugar ao registar um aumento significativo de ataques, com 1440 incidentes, e o sector financeiro fecha o top 3 com 658 ataques.
Mauro Almeida, Head of Cibersecurity da NTT DATA Portugal, explica que «a cibersegurança já não é apenas uma questão tecnológica, mas uma responsabilidade de gestão. A evolução das ameaças exige uma abordagem estruturada, onde a prevenção, a detecção e a resposta rápida são parte integrante da estratégia das organizações».
Assim, «no actual contexto digital, proteger dados, infraestruturas e a confiança dos clientes não é um diferencial – é uma condição essencial para a sustentabilidade e competitividade no mercado», acrescenta o responsável.