Reportagem

Appian considera Portugal um «mercado relevante» e quer chegar aos dez clientes até ao final do ano

Num evento com a imprensa, Rui Gaspar (director comercial da Appian Portugal) explicou o que faz a empresa, que está quase a completar 25 anos de actividade, e qual a sua estratégia para o mercado nacional.

Rui Gaspar © Appian

A Appian é uma empresa americana, com sede em Washington DC, especializada em automação de processos de negócios, cuja origem é no «trabalho com o governo americano» e na área de consultoria, com a «implementação de processos e digitalização», como explica Rui Gaspar. Hoje, a tecnológica é global e evoluiu do conceito inicial de business process management (BPM) para business orchestration and automation technologies (BOAT) e tem uma plataforma que faz a gestão, automatização e orquestração de processos. Por outro lado, o responsável salienta que, além da tecnologia, há também uma «perspectiva de negócio» e uma «componente de integração muito forte com aquilo que já existe nas organizações para tirar a partir delas e potenciar isso com a plataforma modular e unificada da Appian».

Portugal é relevante
A Appian está presente em Portugal desde 2023, com escritórios em Lisboa, mas já tinha clientes antes através do mercado espanhol: «Ao trabalhar em Espanha, começou-se a ver que também havia (e há) trabalho para fazer em Portugal», esclarece Rui Gaspar. O responsável realça que Portugal é um «mercado relevante», que, em termos de necessidades, é «muito semelhante a Espanha» e em que o «funcionamento das empresas e do sector público, é parecido». É por isso que o director comercial assegura que, apesar do movimento de centralização a nível ibérico que está acontecer com a maioria das tecnológicas, a Appian quer ter uma «presença local», para que não se perca o «contacto mais próximo» e se fale com as organizações em português. No entanto, o responsável revela que a empresa aproveita a «capacidade que têm em Espanha», quer «ao nível de suporte, quer de engenharia», já que é onde se localiza um dos centros de apoio global da empresa. «A organização local tira sempre partido da organização global», acrescenta.

Crescer é o objectivo
A estratégia da Appian passa pelos parceiros e, em Portugal, a tecnológica trabalha com dez, entre os quais as principais consultoras internacionais a operar em Portugal como a Inetum, Deloitte, Accenture, KPMG, NTT Data, Minsait e a portuguesa Noesis. Rui Gaspar destaca a importância desta colaboração: «Os parceiros são uma peça essencial no modelo de negócio da Appian, pois são eles que desenvolvem e implementam as soluções junto dos clientes. É por isso trabalhamos muito próximo» deles.

Ao nível dos clientes, a empresa actua, a nível nacional, principalmente nos sectores dos seguros, banca, energia e administração pública sendo que o Banco Universo e a EDP são o seu “cartão de visita”. O objectivo é «chegar a dez cliente até ao final do ano», revela o director comercial, mas sem descurar os já existentes com a «crescente adopção da plataforma para mais casos». O responsável avança que a Appian tem uma «retenção de 99% e uma taxa de renovação de 120%», já que as empresas nacionais estão cada vez mais preocupadas com eficiência, um dos benefícios trazidos pela automatização e orquestração de processos da Appian.

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