O Fundo Europeu de Investimento (FEI), parte do Grupo Banco Europeu de Investimento, e a Quotanda, lançaram uma parceria destinada a colmatar a escassez de competências digitais e de gestão em Portugal, Espanha e Alemanha.
A colaboração em forma de «garantia limitada no valor total de 10,2 milhões de euros, que permitirá desbloquear mais de 51 milhões de euros de financiamento a estudantes» é apoiada pelo Produto de Garantia da Carteira de Competências e Educação do InvestEU.
A iniciativa prevê chegar a mais de 6500 estudantes, incluindo os que enfrentam maiores dificuldades em obter financiamento, sendo que o objectivo será alcançado através de seis instituições de ensino. Estes «prestadores se serviços educativos «aumentarão significativamente o volume de propinas diferidas, espaçando-as no tempo, e de acordos de partilha de rendimentos oferecidos aos estudantes», indica o FEI.
A Code for All_ foi «a única escola 100% portuguesa» a ser seleccionada para o programa, que conta ainda com a IESE Business School, Esade Business & Law School, Hack a Boss, Adalab e Le Wagon, que também actua no mercado nacional.
A escola de programação portuguesa vai receber uma garantia de 4 milhões de euros do FEI, e passa a dispor de «um total de 5 milhões de euros para financiar propinas» nos seus cursos. Assim, os alunos que querem fazer formação ou reskilling na Code for All__ vão ter «menos barreiras de entrada».
A instituição avança que, anteriormente, um aluno «precisava de avançar com um valor entre 6 mil a 8 mil euros» para entrar num curso e agora com a garantia pode «escolher o valor de entrada que têm capacidade de disponibilizar, podendo este inclusive ser zero», além da possibilidade de aderir «a um plano de pagamentos por um período máximo de 4 anos, tornando a formação mais acessível e ajustada às suas condições financeiras».
«O facto de a Code for All_ ser a única escola 100% portuguesa seleccionada, destacando-se no panorama educacional nacional e internacional, é uma grande honra e motivo de orgulho. O processo para obter esta garantia envolve um escrutínio intenso, que conseguimos ultrapassar com sucesso, comprova a solidez e o compromisso que temos com a qualidade educacional e com o impacto social», afirma João Magalhães, CEO da escola.
O responsável salienta por que motivo esta iniciativa do FEI é tão importante: «Ao longo de quase 10 anos de operação em Portugal, identificámos que o investimento financeiro é a principal barreira identificada pelos candidatos para não avançarem para os diferentes cursos. Este programa é transformacional ao proporcionar acesso a mais pessoas aos seus programas de formação, através do prolongamento dos pagamentos e da possibilidade de não haver investimento inicial».