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Inteligência artificial generativa redefine gestão de dados

A adopção da inteligência artificial generativa promete transformar diversos sectores, podendo gerar benefícios económicos até 4,4 biliões de dólares anuais. No entanto, o sucesso destas tecnologias depende crucialmente da qualidade e estrutura dos dados das empresas. Desafios como a gestão de dados não-estruturados, segurança e integração com fluxos de trabalho existentes são barreiras significativas. Estratégias eficazes incluem melhorar a arquitectura de dados, investir em talentos de engenharia de dados e utilizar a IA para optimizar a governança e análise de dados. A gestão de dados é crucial, exigindo abordagens holísticas que contemplem segurança, privacidade e qualidade para maximizar o valor dos dados na era digital.

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Abordagem holística
Para gerir grandes volumes de dados, Paulo Figueiredo, responsável pelo Centro de Excelência em Data & Gen-AI da Glintt Global, defende uma estrutura robusta e escalável, que assegure, não só um processamento e armazenamento eficazes, mas também a gestão do aumento do volume de dados ao longo do tempo, o que pode implicar custos: «A privacidade e a segurança dos dados são também, sem dúvida, um dos grandes desafios, com uma necessidade cada vez maior e mais premente de assegurar a sua protecção contra acessos não autorizados». Outras questões de carácter mais operacional, como o impacto da organização e da qualidade dos dados no desempenho e precisão dos modelos de IA, foram também factores apontados por Paulo Figueiredo como importantes a considerar, sobretudo em contextos complexos e que exigem grande precisão: «Adicionalmente, questões operacionais, como a organização e a qualidade dos dados, têm um impacto directo na eficácia dos modelos de IA». O responsável fala ainda no facto de dados mal-organizados ou de baixa qualidade poderem levar a modelos de IA imprecisos e ineficazes, resultando em decisões erradas que podem afectar negativamente as operações empresariais. «É essencial desenvolver sistemas que não só organizem os dados de maneira lógica e acessível, mas também mantenham a qualidade dos mesmos através de processos contínuos de limpeza e validação», considera Paulo Figueiredo.

Portanto, ao enfrentarem esses desafios, o responsável da Glintt Global defende a adopção de uma abordagem holística que contemple a infra-estrutura técnica necessária para lidar com grandes volumes de dados, bem como práticas operacionais que garantam a segurança, a privacidade e a precisão dos sistemas de IA: «Isto requer uma colaboração contínua entre especialistas em dados, engenheiros de segurança, analistas e programadores de IA para criar soluções que sejam tanto escaláveis quanto sustentáveis, permitindo que as organizações maximizem o potencial dos seus dados na era digital».

Em conclusão, à medida que as empresas de todo o mundo exploram o potencial da IA generativa, a preparação e a gestão estratégica dos seus dados serão decisivas para determinar o seu sucesso neste cenário tecnológico em evolução.

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