Empreendedorismo

Bright Pixel vende participação na Reblaze ao Grupo Link11

O braço de investimento tecnológico do grupo Sonae anunciou o exit da startup de cibersegurança israelita Reblaze. A Bright Pixel Capital vai manter-se atenta a «oportunidades de crescimento», diz o CEO Eduardo Piedade.

A Link11, empresa alemã de cibersegurança, adquiriu a Reblaze à Bright Pixel (anteriormente Sonae IM), numa operação que constituiu mais um exit (venda das participações) com sucesso do braço de investimento tecnológico do grupo Sonae.

A startup israelita, que fornece aplicações web cloud-native e protecção de API (WAAP), fazia parte do portfólio da Bright Pixel desde 2018, quando a empresa participou na ronda de financiamento série A «pelo potencial e impacto» da solução da empresa sediada em Tel Aviv.

Com a compra e integração da tecnologia da Reblaze, o grupo germânico expande a sua presença global e a sua posição no mercado. Jens-Philipp Jung, CEO da Link11, explica que a «aquisição representa um importante marco estratégico», já que as empresas vão combinar os «pontos fortes nas áreas de segurança e observabilidade de rede, aplicações Web e protecção de API e desempenho da Web». Sobre a venda, Eduardo Piedade (na foto), CEO da Bright Pixel Capital, salienta que é uma operação «muito positiva, que corrobora a tese de investimento». O responsável esclarece os motivos da aposta na startup: «Vimos potencial na equipa da Reblaze, na tecnologia inovadora que criaram e na abordagem a um desafio cada vez mais relevante. Acompanhámos de perto a evolução da empresa nos últimos cinco anos e ficamos satisfeitos por observar dois líderes do sector a partilhar uma visão comum – a de tornar a Internet um lugar mais seguro».

Este não é o primeiro exit bem-sucedido da Bright Pixel, destaca Eduardo Piedade: «Enquanto investidor activo, vendemos várias participações totais ou parciais com um retorno de sensivelmente quatrocentos milhões de euros». Entre essas empresas, estão a Bizdirect, a S21sec e a WeDo Technologies.

Balanço positivo e reforço do investimento
O CEO faz um balanço positivo sobre os investimentos feitos até ao momento: «A Bright Pixel Capital iniciou a sua actividade em 2016 e, desde então, a empresa investiu cerca de trezentos milhões de euros em sessenta empresas». Actualmente, o portfólio inclui «43 empresas» participadas em «diferentes estágios de desenvolvimento um pouco por todo o mundo, incluindo três unicórnios».

Já sobre a estratégia de investimento para 2024, Eduardo Piedade fala em objectivos bem definidos: «Consiste num reforço daquilo que tem sido feito até ao momento. Continuaremos a investir em tecnológicas alinhadas com os nossos verticais de posicionamento (retail tech, cibersegurança e infraestruture software) e, além disso, estaremos atentos a tecnologias emergentes que possam surgir».

Sobre o futuro, a ideia é continuar a crescer e manter o sucesso alcançado: «A ambição é investir ainda mais que o que fizemos até agora. O plano traçado durante o rebranding, em Maio de 2022, previa um investimento superior a trezentos milhões de euros ao longo de cinco anos. Queremos superar este valor e manter um crescimento anual robusto».

É por isso que a Bright Pixel se mantém «atenta a oportunidades de crescimento» e, se identificar uma «janela de mercado interessante», considera até uma «IPO [ofertas públicas iniciais]», realça o responsável.