NotíciasSegurança

SAS: 62% dos portugueses já foram vítimas de fraude digital

O relatório 'Como podem as organizações proteger os consumidores contra fraudes' apurou que o telemóvel, o e-mail e o WhatsApp são os canais mais usados pelos criminosos.

SAS

Um estudo do SAS mostra que 88% dos portugueses receiam vir a ser vítimas de algum tipo de fraude digital e que 66% acredita que as empresas com quem lidam deveriam fazer mais para as proteger.

O relatório ‘Como podem as organizações proteger os consumidores contra fraudes’, feito com base em entrevistas a 13 500 consumidores em mais de 15 países, revela ainda que 51% dos inquiridos afirma estar menos dispostos a partilhar os seus dados pessoais.

Em Portugal, 29% dos entrevistados acredita ter sido vítimas de algum tipo de fraude pelo menos uma vez e 62% afirmam já ter sofrido alguma tentativa de fraude no último ano. O roubo de dados bancários posiciona-se como o tipo de fraude mais comum, seguido pelo roubo de dados pessoais e pelas situações em que os consumidores são induzidos a acreditar que ganharam algum tipo de prémio financeiro. Quanto aos canais mais utilizados pelos criminosos para realizar os seus ataques são o telemóvel (73%), o e-mail (71%), seguido do WhatsApp (40%).

O SAS apurou ainda que 27% dos consumidores não sabe ao certo quais as medidas que as suas instituições financeiras adoptam para protegê-los de fraudes ou outros crimes financeiros. E quando questionados sobre o impacto dos controlos de segurança na experiência do cliente, só 36% consideram que é necessário melhorá-los para tornar o processo mais ágil. Já quase 60% dos portugueses mudariam de entidade se se sentissem mais seguros.

O estudo indica que 67% dos portugueses pretendem continuar a utilizar os serviços digitais em vez de irem pessoalmente às lojas físicas e por isso 74% são a favor de ter mais verificações nas suas transacções e compras, a fim de obter uma protecção mais eficaz, enquanto 75% estão mesmo dispostos a utilizar biometria e tecnologia de IA, como reconhecimento facial, voz ou pela retina.

Carla Miranda, Principal Business Solutions Manager, Iberia for Fraud & Compliance no SAS, explica que as «entidades públicas e privadas devem considerar a segurança e a protecção dos seus clientes como um objectivo fundamental».

A responsável saliente que «os consumidores estão cada vez mais conscientes da segurança dos seus dados» como é demonstrado pelo facto de «52% afirmarem que caso sejam contactados por alguém que não estão à espera, antes de mais tentarão perceber a sua legitimidade/credibilidade».

Carla Miranda acrescenta que «o estudo mostra a disposição dos consumidores em permitir que as instituições financeiras utilizem a tecnologia no combate à fraude. Na verdade, 48% dos portugueses estão dispostos a partilhar os seus dados pessoais mas com a condição de que essas entidades possam utilizar essas mesmas informações para os proteger».