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Empresas valorizam investimento na cloud para crescimento e transformação organizacional

Se, antes, o investimento em computação na nuvem era, sobretudo, numa óptica de redução de custos, hoje ganha particular relevância o seu impacto no crescimento e na transformação organizacional, diz o Infosys Cloud Radar 2023. 

starline/Freepik

O investimento na nuvem para o crescimento e transformação organizacional é três vezes mais importante que a nuvem para a optimização de custos, diz a mais recente pesquisa da Infosys. O estudo Cloud Radar 2023 revela que 67% das empresas aumentaram os gastos em cloud este ano, mas que uns impressionantes 80% prevêem gastos mais elevados, em 2024.

O estudo destaca de forma abrangente a mudança da utilização da nuvem: deixou de ser apenas para armazenamento e redução de custos e passou a ser utilizada para obter acesso a novas tecnologias e capacidades, permitir novos fluxos de receitas e substituir ou actualizar os sistemas actuais. O Infosys Cloud Radar 2023 diz também que, embora as empresas continuem a investir na nuvem, menos de metade dos gastos autorizados estão a ser efectivamente utilizados: «Ainda que este facto não indique um problema, a curto prazo, as empresas que não cumprirem os seus contratos de computação em nuvem poderão enfrentar custos mais elevados, à medida que os fornecedores de computação em nuvem renegociarem os contratos», lê-se no documento. Os especialistas falam em mais de trezentos mil milhões de dólares em compromissos de nuvem empresarial que permanecem «inexplorados».

Neste estudo, mostra-se que o custo continua a ser uma dor de cabeça para os executivos, com cerca de 50% das empresas a lutarem, precisamente, para gerir os seus custos de cloud computing.

A complexidade da cloud
Por outro lado, o Infosys Cloud Radar 2023 salienta a complexidade da cloud, já que quase dois terços dos entrevistados (65%) usam três ou quatro fornecedores de nuvem, um aumento de 75% em relação à proporção que usava três ou quatro fornecedores em 2021. Nos últimos dois anos, a quantidade de empresas que usam um único fornecedor de cloud diminuiu de 21%, em 2021, para 7%, em 2023. Outro desafio advém de as empresas serem incapazes de controlar as implementações de nuvem, com 43% das organizações a relatarem ter políticas pouco claras sobre o departamento ou haver uma chefia autorizada a implementar recursos de nuvem.

O relatório expõe que as decisões de cloud são isoladas: para quase metade (45%) dos inquiridos, apenas o departamento de TI ou os líderes empresariais decidem sozinhos qual a tecnologia de nuvem a implementar ou como gerir a conformidade da nuvem.

No entanto, de uma forma geral, a nuvem ainda é importante: 73% concorda com o facto de que a migração para a nuvem atinge os objectivos, o que impulsiona o interesse e o investimento em cloud. «À medida que a nuvem continua a evoluir, é imperativo que as organizações a integrem como um facilitador estratégico para o seu crescimento e transformação», disse Anant Adya, EVP da Infosys Cobalt, num documento enviado à imprensa. «A utilização de vários fornecedores de serviços em nuvem permite às organizações optimizar recursos, melhorar a resiliência e aceder a capacidades especializadas, o que leva a uma maior eficiência e a um crescimento acelerado», conclui o mesmo responsável.