DistribuiçãoNotícias

Vendas da Esprinet em Portugal aumentam 14% no primeiro semestre

Apesar dos bons resultados no mercado nacional, as vendas da empresa caíram em toda a Europa.

A Esprinet anunciou os resultados do primeiro semestre de 2023 em que as vendas atingiram 1,91 mil milhões de euros, um decréscimo de 13% face aos 2,1 mil milhões de euros alcançados no período homólogo. Portugal foi o único mercado europeu onde as receitas da empresa de serviços de consultoria, venda e aluguer de produtos tecnológicos e cibersegurança cresceram.

O EBITDA ajustado foi de 24,9 milhões de euros, o que corresponde a -34% do que o alcançado no primeiro semestre de 2022 (37,9 milhões de euros). A posição financeira líquida manteve-se negativa mas diminuiu de 256,9 milhões de euros, no ano passado, para 207,2 milhões de euros este ano.

A facturação do grupo em Itália desceu 9%, em relação ao primeiro semestre de 2022, para 1,17 mil milhões de euros devido ao desempenho negativo das vendas na área do consumo (-7% nos primeiros seis meses de 2023). Em Espanha, a queda foi de 19% para 652,4 milhões de euros e, em Portugal, a empresa registou vendas de 27,5 milhões de euros, crescendo 20% face aos 23 milhões conseguidos nos primeiros três meses do ano anterior. A nível nacional, a Esprinet «consolidou a quota» num mercado que registou um decréscimo de -5% (-2% no primeiro trimestre e -6% no segundo trimestre).

Nos outros mercados da da União Europeia onde a Esprinet actua, a descida foi de 32% para 10,4 milhões de euros, mas fora da UE, a empresa conseguiu aumentar as vendas para 9,4 milhões e assim crescer 1%.

Alessandro Cattani, CEO da Esprinet explica os resultados: «O primeiro semestre do exercício de 2023 representou uma importante confirmação da nossa estratégia de transição para um maior volume de soluções e serviços de valor acrescentado. Estamos satisfeitos com a forma como as soluções e os serviços passaram a representar mais de 60% do EBITDA ajustado e como a margem de produto continuou a crescer. Infelizmente, estamos a enfrentar um mercado em contracção e a perda de volumes associada não foi totalmente compensada pelo aumento das margens de produto e pelas actividades de redução de custos, também sujeitas a pressões inflacionárias».

O responsável salienta quais as perspectivas da empresa: «Tendo em conta que o consenso do mercado prevê uma recuperação significativa da procura em 2024, bem como a confiança no processo de reposicionamento comercial em curso, estamos confiantes de que, a médio prazo, poderemos retomar o processo de crescimento que já permitiu ao grupo quase duplicar a sua rentabilidade operacional nos últimos cinco anos».