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CPX regressa a Tróia após três anos de interregno

A Check Point volta a reunir presencialmente a comunidade ligada à cibersegurança.

No último dia, a sessão de encerramento dirigida por Maria Garcia, country manager Portugal & Spain da Check Point Software, mostrou aos participantes a visão integrada de cibersegurança da empresa baseada nos três ‘c’ obrigatórios na tecnologia de cibersegurança, que deve ser «abrangente, colaborativa e consolidada».

Neste evento, Rui Duro enfatizou, ainda, a participação da comunidade: «Inicialmente, estavam previstas 200 a 250 pessoas. Mas as inscrições começaram a ser muitas e rapidamente ultrapassámos estes números. Tivemos de fechar as inscrições, porque tínhamos um orçamento para cumprir e não podíamos aceitar mais» – isto prova aquilo que Rui Duro dizia: vai ao encontro do que o country manager mencionava antes: a indústria necessita deste contacto. «É gratificante saber que as pessoas queriam estar presentes no nosso evento, quando, agora, a concorrência é grande – há muita oferta e é difícil atrair pessoas», assumiu o responsável.

Há mais consciência para a segurança
Rui Duro admite estarmos a viver uma mudança no mindset das empresas, no que à cibersegurança diz respeito – e isto é suficiente, face a tudo o que está a acontecer? Claramente, não: «Temos mais reuniões, mais projectos, notamos mais preocupação e as administrações estão mais receptivas a ouvir falar. Aliás, são elas que muitas vezes nos contactam. Aqui, os media têm ajudado imenso ao expor alguns casos e até a explorá-los com alguma profundidade para perceber o que aconteceu, por que é que aconteceu, por que é que certas empresas foram atacadas e qual o risco para as nossas vidas».

Para Rui Duro, apesar de a linha do investimento ter aumentado, a do risco continua a crescer a uma velocidade superior: «Estamos num mundo cada vez mais digital, o que traz um conjunto de oportunidades gigantes para quem ataca», algo que, segundo este executivo, a pandemia «veio acelerar». Em forma de resumo, Rui Duro admite haver mais investimento e mais preocupação: «É um óptimo sinal, quando as administrações juntam os núcleos principais de gestão e nos convidam para falar sobre cibersegurança. Isto é algo que nunca tínhamos visto. Mas a verdade é que os orçamentos não sobem à mesma velocidade do que o risco, que continua a aumentar».