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Europa compromete-se a formar 500 mil talentos em deep tech até 2025

O Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, com o seu ecossistema de parceiros, explicou em conferência de imprensa a importância da Deep Tech Talent Initiative, considerada um «passo crítico» para a Europa «resolver os desafios sociais» e manter-se «competitiva em tecnologias com alto potencial de inovação».

Chama-se Deep Tech Talent Initiative e tem como grande objectivo colmatar a lacuna que actualmente existe nos recursos tecnológicos especializados. Numa conferência de imprensa virtual, o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) avançou que a primeira meta é formar 500 mil europeus em competências tecnológicas profundas e empreendedorismo, até 2025.

Para isso, o EIT e a sua rede de parceiros vão desenvolver formações e cursos em áreas de ponta, que estarão na vanguarda das futuras indústrias. A longo prazo, o objectivo é aumentar a quantidade de inovação europeia criada para combater as mudanças climáticas, criar novos sistemas agroalimentares e construir cidades mais habitáveis.

Em conferência de imprensa, o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia divulgou novas parcerias com a JA Europe, Intel Corporation, Abodoo, Generation, Technical University of Cluj-Napoca, Computer Vision Center e Tampere University of Applied Sciences, que se juntam, assim, aos 3200 parceiros da EIT para apoiar o desenvolvimento de mais formações e cursos que acelerarão as carreiras dos alunos de deep tech (em tradução livre, ‘tecnologia profunda’): «A ambição de treinar europeus neste domínio, até 2025, é um passo crítico para a Europa resolver os desafios sociais manter-se competitiva em tecnologias com alto potencial de inovação».

O poder dos parceiros
Mariya Gabriel, comissária europeia para a inovação, pesquisa, cultura, educação e juventude, disse, neste encontro virtual, que a Deep Tech Talent Initiative do EIT vai apoiar a Europa para formar os seus talentos e estar na «vanguarda das inovações» que irão surgir: «Estou satisfeita com o progresso alcançado desde o lançamento da iniciativa em Outubro passado, graças à capacidade do EIT de mobilizar uma rede inigualável de parceiros no campo da educação, negócios e pesquisa em toda a Europa».

Segundo este instituto, os novos parceiros reflectem a diversidade de organizações inseridas na Deep Tech Talent Initiative: uma combinação de prestadores de formação, financiadores, empresas e parceiros sem fins lucrativos e do sector público «que irão trabalhar juntos para equipar os alunos com competências tecnológicas e o conhecimento necessário para transformar esse conhecimento em soluções para os mais importantes desafios globais». Os programas estarão disponíveis para uma ampla diversidade de alunos, desde o ensino médio ao superior, até aos que procuram um maior desenvolvimento profissional: «O EIT e os seus parceiros vão trabalhar no sentido de nivelar o mercado para grupos desfavorecidos e sub-representados nos mundos da tecnologia e dos negócios, principalmente mulheres».

Na conferência de imprensa, Nektarios Tavernarakis, presidente do conselho de administração do EIT, expressou que a comunidade demonstrou, mais uma vez, a sua «incrível capacidade» de formar novas parcerias: «Esta é a força do nosso modelo único, que une inovadores que querem fazer parte de um futuro mais sustentável».

O executivo salientou ainda que o EIT e os novos parceiros partilham uma visão em que a deep tech, como a IA – «que está a mudar o mundo enquanto falamos» – é desenvolvida e usada principalmente para ajudar a humanidade com desafios como a mudança climática, a produção sustentável de alimentos e crises de saúde. «Estou ansioso para trabalhar junto com nossos novos proponentes para desenvolver o talento que realizará essa visão», concluiu Nektarios Tavernarakis.