Na primeira edição do Microsoft Secure, Satya Nadella, CEO da tecnológica norte-americana, disse que «um dos desafios mais prementes da actualidade é a cibersegurança» e que a estratégia da empresa passa pela «combinação dos modelos de inteligência artificial da Open AI com contexto, tarefas, dados e competências específicas para melhorar a produtividade». O responsável falou ainda de responsabilidade: «À medida que avançamos para esta nova era, todos os que construímos, implementamos e utilizamos inteligência artificial temos a obrigação colectiva de o fazer para fomentar um impacto positivo e promover a confiança». Satya Nadella revelou que, quando se trata de inovação na segurança, esta recai em três aspectos: «Os dados são sempre do utilizador e controlados pelo utilizador; os dados dos utilizadores não são usados para treinar modelos de inteligência artificial que sejam usados por terceiros, ficam dentro da organização; e, por último, que a Microsoft protege os dados e os modelos com os controlos de conformidade e segurança empresariais mais abrangentes do sector».
O CEO sublinhou ainda que a cibersegurança é um «jogo de inteligência em tempo real» para a empresa e que isso motivou a «construção um conjunto integrado de ferramentas de ponta a ponta que abrangem segurança, identidade, conformidade, gestão de dispositivos e privacidade e que tanto alimentam como são informados pelos 65 biliões de sinais de ameaças diárias» registadas pela Microsoft. Satya Nadella descreveu o Security Copilot como o «próximo grande passo no novo mundo das operações cibernéticas», já que «aumenta todas funções de segurança, combinando modelos avançados de IA com infraestruturas de segurança optimizadas, ameaças, inteligência e competências para reduzir a complexidade, aprofundar o conhecimento e ter tempos de resposta mais rápidos».
Uma solução para todos
Vasu Jakkal, corporate vice president, security, compliance & identity da Microsoft, destacou que, desde Setembro de 2021, o «número de ataques de palavras-passe por segundo aumentou de 579 para 1287» e que, com este aumento, surgiu um défice de profissionais, «existindo actualmente uma escassez global de 3,5 milhões de profissionais de segurança qualificados». Para resolver estes problemas «tem de existir uma mudança de paradigma», salientou a responsável. Assim, é necessária «tecnologia que possa aumentar as capacidades humanas» para «ajudar as empresas ao ritmo e escala necessários» e a resposta é «o primeiro sistema de IA generativa ligado à cibersegurança, o Security Copilot».
Segundo Vasu Jakkal, a solução vai «simplificar o trabalho das equipas de segurança e amplificar as capacidades dos profissionais, apoiando-os na identificação de actividades maliciosas, ajudando a correlacionar e a resumir dados dos ataques, disponibilizando recomendações de acções de mitigação e prevenção de ameaças em tempo real». Além disso, o sistema está «continuamente a aprender com dados e inteligência globais da Microsoft», para assegurar que as equipas de segurança «estão a operar com os mais recentes dados sobre os atacantes, as suas tácticas, técnicas e procedimentos».
O Security Copilot vai integrar «os produtos de segurança para empresas da Microsoft» e está, neste momento, disponível em «private preview».