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As TI num (novo) mundo sem COVID

A vida empresarial vai retomando, pouco a pouco, o ritmo pré-COVID. Mas está diferente. Que boas-práticas vieram para ficar? O que mudou na relação com os clientes? Que áreas foram alvo de maiores investimentos? A visão das empresas clientes face às TI alterou-se?

Thomas Lefebvre/Unsplash

O responsável salientou que a Fujitsu, desde cedo, aposta num modelo de co-criação junto dos seus clientes e parceiros, sob forma de potenciar o diálogo e o desenvolvimento das melhores soluções tecnológicas para responder a cada desafio. «Com a pandemia, tornou-se crucial manter a relação junto dos clientes através de um modelo virtual e, nesse domínio, consciente da relevância que o metaverso pode representar, a Fujitsu criou uma plataforma de co-criação virtual que facilita os diálogos criativos iniciais entre clientes e parceiros». O Fujitsu CX Lab já realizou mais de setecentas sessões, onde oferece experiências virtuais, possibilitando ‘metaconversas’ sobre como fazer avançar a transformação digital, garantindo um impacto positivo na criatividade e no cruzamento de ideias.

Flexibilidade laboral
Dentro da Fujitsu, com o advento da pandemia, a empresa compromete-se a desenvolver programas que possibilitam o trabalho flexível. Esta iniciativa, a Fujitsu Work Life Shift, tem como objectivo criar um escritório ‘sem fronteiras físicas’ que facilite a existência de uma cultura resiliente, permitindo que os colaboradores se foquem na criação real de valor. «Temos dezenas de casos de sucesso na nossa organização, de colaboradores que estão agora a trabalhar num regime de teletrabalho, tendo contribuído para uma descentralização global da Fujitsu», lembra Carlos Barros. A empresa fez investimentos em áreas que «são uma grande aposta da Fujitsu», onde segundo o director-geral houve um «crescimento de duas a três vezes» ao nível de facturação nas unidades de negócio digital, nomeadamente nas áreas de «multicloud services, cibersegurança e automação».

Carlos Barros enfatizou o facto de as prioridades de muitos dos clientes da Fujitsu terem mudado nos últimos dois anos, o que obrigou a empresa a adaptar e modelar de forma natural a sua oferta, mediante o novo panorama. «A realidade do teletrabalho e a necessidade de as empresas fornecerem aos seus colaboradores todas as ferramentas necessárias para aceder à informação e partilhá-la, sempre de forma segura, abre naturalmente novas oportunidades de negócios, a par da crescente relevância do tratamento de dados nas empresas».

Na Fujitsu, a esmagadora maioria dos colaboradores continua a trabalhar remotamente, até porque a empresa já dispunha das ferramentas necessárias para potenciar esta comunicação e trabalho remoto; desta forma, não houve um «desafio particularmente exigente».

Cibersegurança é transversal
A mudança para uma força de trabalho remota, imposta pela pandemia, provocou um aumento nas superfícies de ataque e veio criar mais potenciais falhas na segurança, que as empresas se viram obrigadas a cobrir. Com um nível recorde de ameaças ‘zero-day’ e uma superfície de ataque que se estende muito além do perímetro de rede, para IoT, redes residenciais e dispositivos móveis, as empresas tiveram de adoptar uma nova abordagem de segurança e implementar medidas simples, mas críticas, como actualizações e sistemas de patches regulares, para não permitirem o acesso a hackers.

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