Foi na CidadeBI4ALL, a sede da empresa nacional, que foram revelados os planos de internacionalização, os resultados de 2021 e as perspectivas da empresa para este ano. José Oliveira, CEO da BI4ALL, esclareceu que os últimos dois anos foram de «instabilidade», mas que o ano passado acabou por ser «bom». A tecnológica atingiu os dezassete milhões de euros de receitas, o que correspondeu a uma redução de setecentos mil euros em relação ao ano anterior, mas manteve o EBIDTA e chegou ao final de 2021 com uma equipa de trezentos colaboradores.
O mercado internacional já representa 53% do volume de negócios e os sectores que mais contribuíram para os resultados foram o farmacêutico, seguido da banca, da energia, transportes e o dos seguros. José Oliveira disse ainda que a BI4ALL investe, anualmente, «dois milhões de euros em investigação e desenvolvimento».
Para este ano, o responsável está confiante e as estimativas apontam para um crescimento na ordem dos 35%: «Prevemos atingir um volume de negócios na ordem dos 23 milhões de euros em 2022, com uma aposta estratégica no mercado internacional e mantendo o nosso compromisso de dar uma resposta de excelência aos nossos clientes».
Já ao nível do talento, a ideia da BI4ALL é chegar aos quatrocentos colaboradores em 2022 – para isso, a empresa vai aumentar o espaço no Porto, que tem, neste momento, quarenta pessoas. A isto, junta-se o apoio da universidade Nova IMS, através de um protocolo de estágios ao nível das licenciaturas, mestrados e doutoramentos do MIT, da escola 42 Lisboa e das academias internas, para ajudar a atrair e a reter os profissionais.
Internacionalização começa na Europa
A aposta nos mercados externos vai traduzir-se na abertura de um escritório na Suíça, o que «deverá acontecer até Setembro»: o responsável será Nuno Barboza, o novo membro executivo do conselho de administração da BI4ALL. José Oliveira explicou esta expansão com o facto de a empresa ter atingido um «nível de maturidade e organização que lhe permite assumir uma política expansionista» com a abertura de «sucursais no estrangeiro».
A tecnológica justifica a decisão da Suiça com o facto de já ter doze clientes nesse mercado: «É um país que tem capacidade financeira, o preço de compra dos serviços é mais elevado e é uma forma de chegar a outros países europeus». O CEO adiantou ainda que, para já, vai «continuar a trabalhar com parceiros nos mercados do Norte da Europa, como a Alemanha, Noruega e Suécia».
A BI4ALL está também a analisar oportunidades de criação de novos centros de nearshore espalhados pelo mundo, nos locais onde tem actualmente mais colaboradores: é o caso da Macedónia do Norte, da Polónia e do Brasil. Para já, a melhor hipótese parece ser o país da ex-Jugoslávia, com José Oliveira a revelar que a empresa está a «pensar adquirir uma entidade para a posterior abertura do centro».
