Na keynote de abertura, o presidente e CEO da Red Hat, Paul Cormier, explicou como toda a adaptação a que as empresas se tiveram de sujeitar durante a pandemia, principalmente o «trabalho remoto» e o facto de terem de operar, «independentemente do seu tamanho e sector, de forma digital», são familiares no mundo open-source, em que «cada projecto é feito de forma remota desde o início».
O responsável deu o exemplo da Linux Foundation, uma instituição que apoia «mais de 2300 projectos», nos quais são adicionados «mais de 29 milhões de linhas de código por semana de utilizadores de quase todos os países do mundo» e que apesar de nunca se terem encontrado fisicamente, «criam tecnologias inovadoras em conjunto». O CEO da Red Hat disse que, após estes anos «incrivelmente difíceis», é tempo de «acelerar» e que o “novo normal” não é estático – por isso, está na altura de as empresas «definirem o que é esse conceito para cada negócio».
Para Paul Cormier, a «única forma de se utilizar a inovação para acompanhar a evolução das exigências dos consumidores é através da adopção da tecnologia de código aberto»; o CEO salientou ainda a importância da cloud: «Nem todas as aplicações precisam ou devem estar numa nuvem pública. Algumas podem ser mais adequadas a uma cloud específica. Esta é a beleza da nuvem híbrida, um conceito que adoptámos há muito tempo e no qual temos concentrado esforços nos últimos oito anos».
O responsável prevê que, nos próximos anos, a cloud híbrida aberta «vai ser definida pela inovação de hardware no edge» e deu o exemplo da Nvidia e Intel. Estes parceiros da empresa estão a criar tecnologias que são «mais que servidores inteligentes no edge» e que «com a estratégia e software certos podem funcionar como clouds que ultrapassam os limites dos data centers». Assim, o conselho do responsável é que os líderes de TI tirem uma «vantagem desta evolução e usem o open source para desenvolver ofertas inovadoras». Paul Cormier acrescentou também que «no seu core, o “novo normal” começa com o código aberto».
Inovar com estabilidade
Segundo Paul Cormier, as empresas «precisam de inovar, mas também de estabilidade»: é essa «ponte» que a Red Hat «permite». O CEO disse ainda que «não há inovação sem open source» e que o papel da Red Hat tem sido «o motor de inovação» das TI. Sobre o futuro, o responsável espera que seja «ajudar as organizações a prosperar independentemente do que isso seja no “novo normal”».
No evento, a empresa apresentou o Red Hat Enterprise Linux (RHEL) 9, o mais recente sistema operativo; Matt Hicks, vice-presidente executivo de produtos e tecnologias da Red Hat, destacou que o RHEL «sempre foi a plataforma que liga tecnologias, ideias e código» e que esta nova versão «continua a missão de fornecer a base estável para a inovação» desde a «cloud até ao edge» e «em que a segurança é fundamental». O responsável referiu que o RHEL 9 oferece uma plataforma que liga a «inovação open source do Linux à segurança e confiança da qual uma empresa depende». Matt Hicks falou ainda de co-criação, dizendo que, para a empresa, esta não é «apenas uma buzzword» já que todas as organizações podem «inovar sobre a plataforma» e «participar na jornada de inovação em conjunto com a Red Hat».
