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Dynabook Portugal espera bons resultados em 2022

A empresa reuniu os jornalistas para falar dos resultados, da estratégia e dos novos produtos. No mercado nacional, a Dynabook cresceu 150% no último ano e meio e espera continuar a ter um bom desempenho em 2022.

No evento, a marca que resulta da compra da divisão de PC da Toshiba por parte da Sharp, mostrou o que a torna diferenciadora dos outros players e falou dos próximos objectivos. Carlos Cunha, director comercial da Dynabook Portugal, explicou que apesar de a empresa «ser global», a Europa é «fundamental para os resultados e estratégia» e que, apesar de a marca ter mudado, mantêm-se as «competências e experiência de 35 anos, o foco na inovação e a obsessão por a trazer ao mercado produtos fiáveis e de qualidade».

As mais-valias da Dynabook são a «disponibilidade e flexibilidade», disse Carlos Cunha, que revelou que a empresa «foi menos afectada pela crise de componentes que os restantes players» pelo facto de ter «produção própria e capacidade de entrega em três a quatro semanas». O responsável salientou ainda a importância de «todo o desenvolvimento ser feito in-house» e, por isso, ser possível «controlar todo o processo, desde o design à programação e implementação da BIOS». Isto é algo que o director comercial considera crítico, já que «é diferenciador e importante para a segurança e qualidade» dos produtos Dynabook.

Continuar a investir em Portugal
Maite Ramos, directora-geral da Dynabook Iberia, agradeceu aos parceiros e clientes terem ajudado a marca a «consolidar-se em Portugal» e afirmou que o investimento no mercado nacional se vai «manter». Sobre o mais recente ano fiscal, terminado a 31 de Março de 2022, Carlos Cunha esclareceu que a empresa renovou 90% do portfólio e que, em termos de vendas, «cresceu 150% nos últimos dezoito meses». Além disso, o responsável revelou que a Dynabook «triplicou o número de clientes e que a equipa em Portugal cresceu».

O director comercial explicou que os bons resultados se devem ao facto de a empresa ter «alguma protecção por pertencer ao grupo Foxconn» e, por isso, sentir «menos disrupção nas cadeias de abastecimento». Assim, a Dynabook conseguiu «aproveitar oportunidades ao terem equipamentos disponíveis», quando outros «tiveram debilidades» e não conseguiram satisfazer as encomendas dos clientes.

Sobre 2022, o Carlos Cunha não tem dúvidas de que também será «positivo», mas sublinhou que o crescimento andará «na ordem dos dois dígitos», isto se a «economia ajudar» – o responsável lembra que «o conflito na Ucrânia, a inflacção e outros factores podem contrariar as boas perspectivas» da Dynabook. Por outro lado, a nível nacional, Carlos Cunha referiu que o PRR deverá contribuir para os resultados, uma vez que «permitirá desenvolver negócio ao catapultar a transformação digital» e assumiu que o sector público é «fundamental» para a marca. O responsável avançou que a empresa está a aguardar os resultados do eSPap (plataforma de contratação pública, onde está presente através de parceiros), onde espera «ganhar negócios».

Ao nível da estratégia, uma das apostas deste ano é na computação edge e em soluções de realidade assistida: o primeiro produto já está no mercado, o DynaEdge. Este mini PC de trezentos gramas oferece «mobilidade e experiências mãos livres para trabalhadores de linha de frente» para várias indústrias, como aeronáutica, formação, manutenção automóvel, entre outras. O responsável sublinhou que o equipamento é «personalizável através de uma série de acessórios», mas que «requer uma prova de conceito» para se adaptar às necessidades dos clientes.