Criada em 2018 por Mário Alves e Hélder Vasconcelos, a Taikai começou como uma plataforma hackathon que usa blockchain para promover a inovação aberta. «Ao longo dos anos, tornou-se um hub de talento para ligar criadores e empresas através de crowdsourcing de soluções para os seus desafios», revela o CEO e co-fundador, Mário Alves.
Mas a startup não ficou por aqui e, recentemente, adquiriu a Bepro Network Labs, uma empresa portuguesa focada no desenvolvimento descentralizado para blockchain e Web3. Sobre a missão da Takai, Mário Alves é claro: «Queremos mudar a forma como as empresas constroem produtos, descentralizando o seu desenvolvimento».
Já Hélder Vasconcelos, CTO e co-fundador da startup, acrescenta que «a visão sempre foi construir o maior hub de programadores e uma rede que sirva de fonte e de catalisador de talento tecnológico de topo, a partir de qualquer parte do mundo». No entanto, a Taikai vai sempre estar também ligada à ideia que originou a startup – «ajudar empresas a acelerarem os seus processos de inovação», diz Mário Alves.
A Taikai já realizou mais de cem hackathons em organizações de diferentes países e tem uma comunidade de cinquenta mil programadores/criativos em todo o mundo.
Foco no talento e descentralização
O CEO explica que os desafios de recrutamento (hiring challenges) têm como «objectivo facilitar o processo de validação e atracção de talento de TI para empresas tecnológicas, através da realização de desafios reais que os candidatos deverão resolver». Segundo Mário Alves, os melhores participantes que avançam no processo de recrutamento são premiados com «crypto tokens». O responsável destaca que a plataforma da Taikai «valoriza o talento e o tempo de cada candidato durante um processo de selecção de uma empresa parceira», o que garante «transparência em todo o recrutamento», já que os candidatos «vêm em primeiro lugar».
Estes desafios fazem parte do ecossistema que a empresa quer desenvolver ao longo de 2022, mas a compra da Bepro também vai liderar a estratégia dos próximos anos, sublinha Mário Alves: «Esta aquisição tem um papel preponderante na nossa visão e roadmap para o uso do blockchain e outros sistemas descentralizados para a próxima geração de apps e da Internet. A Bepro Network representa o nosso futuro na Web3, como uma marca de descentralização total para a economia da programação».
A internacionalização é algo que faz parte da startup, que é «global desde a sua génese», e foi reforçada com o financiamento de dois milhões de euros, conseguidos no ano passado: «Com este investimento, será possível chegarmos a mais mercados, apoiando as empresas no processo de inovação e recrutamento. Pretendemos apoiar também a evolução do ecossistema como um todo, fomentando uma cultura de inovação constante que vai além das grandes empresas, alcançando também as PME e startups».