A Check Point Research fez um balanço do ano passado e revelou que os ciberataques a empresas e entidades nacionais aumentaram 81% , o que se traduziu numa média de 881 ataques por semana.
Segundo área de Threat Intelligence da empresa de cibersegurança, o mês Dezembro registou um pico «muito devido à vulnerabilidade no Log4J» e os sectores que mais sofreram ataques», que também foi responsável pelo aumento do cibercrime um pouco por todo o mundo, chegando aos 925 ciberataques por semana.
Globalmente, o número de ciberataques por semana contra organizações aumentou 50%, em comparação com 2020. África, a Ásia Pacífico e América Latina foram as principais regiões alvo dos cibercriminosos, mas a Europa e a América do Norte foram os locais onde este mais cresceu, 68% e 61%, respectivamente.
Os sectores mais visados, a nível mundial, foram educação/investigação (+75%), a administração pública/sector militar (+47%) e as comunicações (+51%). Em Portugal, as entidades escolares e de investigação também foram as mais atacadas (+57%), seguidas da saúde (+108%) e da administração pública/sector militar (+106%). No entanto, o sector onde os cibertataque mais cresceram foi o das utilities (+371%), que ocupa o quarto posto.
Omer Dembinsky, Data Research Manager, da Check Point Software, mostra-se preocupado com a situação: «O que é mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subir cada vez mais na lista dos mais atacados. A educação, os serviços de administração pública, e o sector da saúde constam do top 5 de setores mais visados em todo o mundo. Acredito que estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware. Podemos dizer até que estamos a viver uma ciberpandemia».
