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Estudo da Capgemini revela que Portugal está oitavo lugar em termos de eGovernment

A pandemia acelerou ainda mais a digitalização dos serviços públicos na Europa, onde oito em cada dez serviços passaram a estar online. 

Guillaume Périgois/Unsplash

A Capgemini acaba de lançar o estudo anual sobre o nível dos serviços de e-Government na Europa e que mostra que Portugal está entre os países mas desenvolvidos no que diz respeito à transformação digital da administração pública.

A 18ª edição do eGovernment Benchmark, realizado em parceria com a IDC e o Politecnico di Milano, avaliou mais de 7 mil páginas web de 36 países europeus (Estados-Membros da União Europeia, a Albânia, a Islândia, o Montenegro, a Macedónia do Norte, a Noruega, a República da Sérvia, a Suíça, a Turquia e o Reino Unido) e  conclui que mais de oito em cada dez dos serviços públicos que foram avaliados (81%) estão agora disponíveis online.

O estudo lista também os 12 países europeus que mais se destacam no desempenho do eGovernment na Europa, sendo que Portugal está em oitavo lugar. O país com melhor governo digital é Malta (96%), seguida da Estónia (92%), da Dinamarca (85%) da Finlândia (85%9, da Áustria (84%), da Islândia (84%9, do Luxemburgo (84%), de Portugal (82%), da Holanda (82%), da Letónia (82%), da Noruega (81%) e da Lituânia (81%).

De acordo com o estudo, a maioria dos serviços são facilmente acessíveis através de um portal, quase nove em cada dez sites estão adaptados para permitir a sua utilização em dispositivos móveis (88% na Europa contra 76% há um ano e 68% há dois anos). No entanto, a Capgemini revela que «urge tomar medidas para que ninguém seja privado dos benefícios disponibilizados por estes serviços digitais» já que apenas 16% dos websites analisados cumprem os critérios de acessibilidade exigidos.

O estudo revela também informações sobre a transparência dos dados e revela que uma pequena maioria (61% na Europa, 50% em França) dos portais informa os utilizadores sobre se os seus dados pessoais são acedidos pelas administrações públicas e quais são consultados. Além disso, apenas seis em cada dez formulários online na Europa apresentam campos pré-preenchidos com informações provenientes de fontes como registos de base, reduzindo o tempo que os utilizadores precisam para os preencher.

A pandemia acelerou ainda mais a digitalização dos serviços públicos na Europa, nos últimos dois anos, as administrações públicas colocaram mais 23% dos serviços online, ajudando a combater os prejuízos económicos associados aos sucessivos confinamentos.

Marc Reinhardt, Head of Public Sector & Health da Capgemini, refere que o Benchmark do e-Government 2021 revela que «os governos em toda a Europa fizeram progressos consideráveis na digitalização da prestação de serviços públicos», mas que o «incremento da oferta não significa necessária e automaticamente que a sua utilização tenha aumentado, nem o nível de satisfação ou de inclusão». O responsável revela que «os governos terão de se esforçar para desenvolver a sua estratégia de digitalização tendo em conta estas três dimensões, para garantirem que os cidadãos reconhecem valor real e permanente no eGovernment e que ninguém é excluído».