O programa Born from Knowledge Ideas, que tem o apoio da Agência Nacional de Inovação (ANI) e que tem como objectivo «impulsionar a transferência de conhecimento para o tecido empresarial» anunciou os vencedores da segunda edição de 2021.
Estes projectos (todos universitários) têm acesso a um programa de aceleração em Ciência e Tecnologia durante três meses para desenvolver os produtos e a estratégia de negócio. Nesta fase, a mentoria está a cargo de «empreendedores, entidades parceiras da ANI e empresas».
Termy.co (Escola Superior Artística do Porto), All.iN (Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril), Balvia Care (Instituto Politécnico de Bragança) e Pick yoUR bRain (Universidade de Coimbra) foram as ideias vencedoras.
A Termy.co ganhou com o projecto Hora Témica, que tem como base a produção de «placas de isolamento térmico com base em resíduos industriais e agrícolas, inoculados com micélio» para ajudar construtores e arquitectos a criar «habitações saudáveis com pegada ecológica negativa», explica Samuel Kalika, um dos responsáveis pela ideia.
Do Politécnico de Bragança chega o Balvia Care, uma ideia para ajudar os idosos na «gestão de medicamentos e aumentar a adesão às prescrições médicas» com a ajuda de um dispensador, uma smart band, app, site e um «sistema inteligente na nuvem».
Recentemente, o CeNTI (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes) e mais duas empresas nacionais (Neutroplast e BeyonDevices) apresentaram um recurso em linha com o Balvia Care: a etiqueta digital e inteligente Dosea para colar nas caixas de medicamentos e que, entre outras funcionalidades, permite avisar para a toma dos fármacos.
Finalmente, e anda no campo da medicina, o Born from Knowledge Ideas distinguiu a plataforma Pick yoUR bRain (com algoritmos de inteligência artificial), cujo objectivo é «reduzir eficazmente os custos de desenvolvimento de novos tratamentos para doenças neurológicas» – Parkinson e Alzheimer.
No final da segunda edição de 2021 do Born from Knowledge Ideas, João Borga (membro do conselho de administração da ANI), destacou a importância que a competição tem ganho nos último anos: «Há cinco anos, tínhamos de bater às portas, solicitando às instituições de ensino superior para mostrarem os seus projectos. Hoje, esse processo é já natural».0
