InternacionalNotícias

Estudo revela que pandemia atrasou evolução das carreiras das mulheres nas TI

No entanto, segundo o relatório, 33% das entrevistadas afirma que tem mais autonomia em teletrabalho.

Christina @ wocintechchat.com/Unsplash

O novo relatório  Women in Tech, Where are we now? Understanding the evolution of women in technology da Kaspersky conclui que, embora o confinamento pudesse ser visto como um possível acelerador para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres em cargos de TI, isso não está a acontecer.

Realizado pela Arlington Research em 19 mercados  e a 13 homens e mulheres, o estudo explorou as percepções sobre as diferenças de género dentro da indústria, as barreiras a uma carreira nas indústrias de tecnologia e TI e o impacto da pandemia de COVID-19 nas perspectivas de evolução profissional dos inquiridos.

Quase metade das mulheres (47%) que trabalham na área da tecnologia acreditam que os efeitos da COVID-19 atrasaram a sua evolução na carreira, apesar de uma percentagem semelhante acreditar que a igualdade de género é mais provável de ser alcançada através de estruturas de trabalho à distância.

O estudo aferiu que quase um terço das mulheres que trabalham na indústria tecnológica preferem, de facto, trabalhar em casa do que no escritório. Um número semelhante revela que trabalham mais eficientemente a partir de casa e até 33% afirmam que têm mais autonomia quando não trabalham num escritório.

No entanto, mais estatísticas deste relatório mostram também que as funções do dia-a-dia que prejudicam a produtividade ou progresso no trabalho das mulheres, 60% afirmaram que tinham feito a maior parte da limpeza em casa, em comparação com 47% dos homens; 63% tinham sido responsáveis pelas tarefas escolares em casa, em comparação com 52% dos homens; e 54% das mulheres tiveram de adaptar o seu horário de trabalho mais do que o seu parceiro masculino para cuidar da família.

Além disso, cerca de 41% das mulheres na área da tecnologia (em comparação com 34% dos homens) acreditam que estabelecer um ambiente de trabalho igual seria melhor para conseguirem evoluir na carreira e 46% consideram que o trabalho à distância é uma excelente forma de alcançar essa igualdade.

Evgeniya Naumova, vice-presidente da rede global de vendas da Kaspersky, acedita que «se o  domínio tecnológico assumir a liderança e assegurar um ambiente mais flexível e equilibrado para as mulheres, então isto tornar-se-á a norma mais rapidamente – o que é, também, mais susceptível de desencadear uma mudança na dinâmica social». A responsável salienta ainda que isso  não acontecerá «da noite para o dia, mas a ndústria de TI deve «aproveitar este impulso, extrair os pontos positivos da transição do ano passado para o trabalho flexível e ser um catalisador para uma mudança social mais ampla».

O relatório completo Women in Tech, Where are we now? Understanding the evolution of women in technology  poderá ser descarregado aqui.