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Dynatrace quer sair reforçada do mercado português

Num webinar para Portugal, a Dynatrace deu a conhecer a sua estratégia, mostrou de que forma as suas soluções podem potenciar o negócio dos clientes e revelou o seu modelo comercial de abordagem ao mercado.

A Dynatrace é (re)conhecida internacionalmente como uma empresa bastante dinâmica, tendo ela própria se adaptado, tal como os seus clientes, a todo um novo mundo e uma nova forma de fazer negócio.

Num encontro com clientes e parceiros portugueses, realizado no mundo virtual, José Matias, director regional da Dynatrace Iberia explicou que esse dinamismo remonta a 2014 quando esta software house sedeada em Boston, nos Estados Unidos, resolveu recomeçar literalmente do zero. «Nessa altura, o nosso CTO disse que se quiséssemos continuar a ajudar os nossos clientes com toda a transformação que aí vinha, era necessário reescrever a nossa plataforma».

Ou seja, de uma empresa multiproduto, a Dynatrace passou a ter uma solução única e especializada, mudando o seu negócio baseado em licenças permanentes para um modelo sustentado totalmente em subscrição. «Das típicas duas versões ao ano de um fabricante de software, temos agora 26 versões anuais, tudo isto acompanhado de um crescimento orgânico e de facturação notável», garantiu José Matias.

Modelo híbrido
O modelo de actuação comercial da Dynatrace no mercado nacional assenta numa versão híbrida. No entanto, Nuno Oliveira, territory manager da Dynatrace Portugal, esclareceu que seja via directa ou indirecta, a comercialização é sempre da responsabilidade do parceiro, que desta forma fica com o negócio. «Dispomos de um ecossistema de parceiros certificados que nos garante a resposta eficaz e diferenciadora para os actuais desafios de mercado».

Para o responsável pelo negócio nacional, com a Dynatrace os clientes ficam mais bem preparados para responder aos desafios do mercado, assentes nestes processos de aceleração e adopção digital e, também, «numa economia que todos nós sabemos é cada vez global».

Nuno Oliveira admite que este é um mercado bastante competitivo, não só pela presença de players que elevam o nível de exigência, mas também pelo facto de Portugal, ao longo dos últimos tempos, ter vindo a gradual e sustentavelmente apostar na transição e transformação digital, exigindo por isso dos fornecedores um contínuo esforço.

O mundo pós-COVID
Claro que a COVID-19 veio acrescentar, aqui, um novo desafio, de uma forma transversal, mas sobretudo a sectores como a saúde, educação, serviços públicos, cidades, retalho, financeiro e mesmo na esfera das TIC. «É nesta nova realidade que acreditamos no reforço do digital e do online como factores acrescidos de diferenciação, inovação e competitividade. Vemo-nos como um player especializado e de valor no suporte aos clientes que estão a responder a esta desafiante transição», comentou Nuno Oliveira.

José Matias salientou neste encontro virtual a aposta que a empresa fez e continua a fazer no capital humano, sendo prova disso o investimento no mercado nacional com uma estrutura própria, desde recursos de pré-venda, venda ou serviço. A somar aos recursos nacionais, está a estrutura ibérica, de resto liderada pelo português José Matias.

Do ponto de vista tecnológico, o passo de mudar a arquitectura da plataforma foi crucial e, mais do que isso, «um factor diferenciador importantíssimo», comentou José Matias, enfatizando ainda o que apelidou de ‘resposta vs métrica’. «Ou seja, defendemos que as métricas e os dashboards já não são suficientes. Temos de contextualizar a informação e dar respostas aos clientes».

Prova de conceito
Hoje em dia, os investimentos em TIC têm de estar alinhados com o negócio e, mais que isso, têm de ter um real impacto na performance financeira da empresa. Para isso, Nuno Oliveira explicou que a Dynatrace procura, junto com o cliente, executar uma prova de conceito, prévia à consumação do negócio, que forneça métricas claras para que o cliente entenda o retorno que vai ter com a plataforma da empresa norte-americana.

«Esta plataforma está baseada numa automação continuada, suportada num motor de inteligência artificial, chamado Davis, que dota os clientes de uma capacidade acrescida de observabilidade end-to-end dos seus processos aplicacionais, independentemente de onde estiverem. Sejam já em produção, em desenvolvimento, estando na cloud, multicloud ou on-premise». Em paralelo, Nuno Oliveira diz que é ainda garantida a adição de um layer de monitorização da infra-estrutura do cliente.

No encontro, falou-se ainda no trabalho notável que Portugal tem vindo a fazer no que diz respeito à transformação digital, no facto da actual situação de pandemia ter impelido as empresas a acelerar a sua estratégia digital e abordou-se o futuro da Dynatrace. A dois anos, e apesar de, mais do que nunca, ser complicado fazer previsões, Nuno Oliveira gostaria de ver a empresa sair reforçada no reconhecimento pelo mercado português como líder neste sector, quer pela qualidade das soluções, quer pelos serviços diferenciadores que presta. «O nosso objectivo é desenvolver de forma sustentada esse caminho, assente neste reconhecimento e trabalhado em conjunto com os parceiros locais, certificados, que estão a fazer esse trajecto».

A terminar esta sessão virtual, Nuno Gonçalves, sales engineer da Dynatrace Portugal, fez uma demonstração ‘hands-on’ da plataforma, com um enquadramento da transformação digital que hoje as empresas enfrentam.