O projecto TASC – Tecnologia ao Serviço do Cliente está em fase piloto e consiste num robot que permite, para já, identificar rupturas de stock e detectar problemas com a etiquetagem de preços dos produtos nas prateleiras. Assim, o robot passeia três vezes por dia pelo hipermercado de Alfragide de forma livre e autónoma e «recolhe informação que é depois convertida em relatórios com métricas» usando tecnologia de «visão computacional, inteligência artificial e IoT (Internet of Things)», explica a empresa em comunicado.
Esses dados são transmitidos «em tempo real às equipas de loja para que estas possam agir de forma rápida e eficiente, repondo produtos, colocando etiquetas de preço em falta e ajustando o espaço de prateleira de cada artigo». Isto permite não só corrigir erros e evitar rupturas, ajudando a prestar um melhor serviço ao cliente, como possibilita à Auchan ter colaboradores mais satisfeitos como explica Carla Moutinho, directora de loja da Auchan Retail Portugal: «Ao fazermos com que este tipo de trabalhos mais repetitivos passem para os robots e não para os colaboradores, podemos canalizar as nossas pessoas para tarefas onde eles acrescentem valor, onde haja um contacto humano, mais valorizado pelos clientes. No caso dos colaboradores, acreditamos que se possam sentir mais felizes e valorizados no trabalho».
Nesta primeira fase, as «melhorias na loja não se deverão, exactamente, reflectir em termos de produtividade, mas sim em termos de melhorias para os clientes e colaboradores», salienta a responsável. Assim, a ideia é ajudar os colaboradores e não substituí-los, sendo que alguns até terão funções dedicadas ao TASC para garantir o seu correcto funcionamento. O objetivo é que, em 2021, o TASC seja estendido a 34 lojas da retalhista.
Primeiro de muitos
O projecto é o primeiro fruto da parceria entre a Auchan Retail e a Trax, empresa alemã de soluções e análises de visão computacional para o sector do retalho, que visa implementar um conjunto de soluções autónomas de monitorização nas lojas.
Quanto ao TASC, este vai evoluir e, numa segunda fase do piloto, o robot vai ser usado para mais funções dentro das lojas. Carla Moutinho revela que «os robots farão também a geolocalização automática de produto para optimizar as operações de picking e para fazer um planograma da loja, em que poderão ajudar os clientes a encontrar cada produto».
