Segundo um estudo da Aruba, cerca de dois terços (68%) das organizações na EMEA reportam um impacto moderado a significativo da pandemia nos seus recursos humanos. Destes, 20% descrevem o impacto sobre os seus colaboradores como significativo, com layoffs ou despedimentos; enquanto 48% consideraram esse impacto moderado, com reduções temporárias em algumas funções; e 23% reduzido com muito poucos empregos afectados.
Por outro lado, 74% afirmaram que os investimentos em projectos de rede foram adiados ou atrasados desde o início da crise pandémica e 30% indicaram que os projectos foram totalmente cancelados.
O relatório Preparar para o ambiente de trabalho pós-pandemia diz que em resposta à pandemia e como forma de recuperação, os gestores de TI na região da EMEA estão a investir mais em tecnologias de rede baseadas na cloud e em inteligência artificial (IA). Assim 38% dos inquiridos planeiam aumentar os investimentos em networking baseado na cloud, com 45% a manifestar a intenção de manter o mesmo nível e 15% a reduzi-lo.
Os gestores de TI também procuram ferramentas melhoradas que permitam monitorizar e ter total visibilidade sobre a rede, com 34% dos gestores inquiridos a manifestar intenção de aumentar o seu investimento em análise, enquanto 48% indicam que o manterão nos mesmos níveis e 15% que o irão reduzir.
As conclusões do estudo da empresa da Hewlett Packard Enterprise, que entrevistou 2400 gestores de TI em mais de 20 países, sugerem que os gestores de TI estão «a responder aos desafios associados à capacitação de uma força de trabalho altamente distribuída e à tendência do local de trabalho híbrido procurando desenvolver as suas infraestruturas de rede e transitando de um modelo CapEx para soluções consumidas como-serviço».
A adopção de serviços de TI através de modelos de subscrição vai aumentar em 41% ao longo dos próximos dois anos, sendo que a percentagem das empresas que adquirem a maioria das suas soluções de TI no modelo como-serviço crescerá em aproximadamente 74% neste período.
Além disso, 50% dos gestores na EMEA dizem que vão explorar novos modelos de subscrição para aquisição de hardware e/ou software, 51% serviços geridos para hardware/software pronto a usar e 29% leasing financeiro.
Actualmente, os modelos de networking por subscrição são mais populares na APAC (61%) do que nas Américas (52%) ou na EMEA (50%). As indústrias globais com maior probabilidade de considerar modelos de subscrição são a hoteleira (66%), tecnologia e telecomunicações (58%) e educação (57%).
«A pandemia fez com que muitas organizações repensassem os seus investimentos em infraestrutura de TI, passando a apostar em modelos de negócios que sejam ágeis e adaptáveis. Embora possa ter havido um impacto negativo inicial nos projectos em andamento, é encorajador ver que existem planos firmes de médio prazo para investir no avanço das tecnologias de rede, apoiadas por modelos mais flexíveis de consumo que limitam as exigências de capital inicial», refere Morten Illum, vice-presidente da Aruba para a EMEA.