Dois dos mais importantes programas de aceleração na área da saúde do EIT Health acabam de anunciar os semifinalistas deste ano entre eles estão três startups nacionais. No programa Headstart, a Bac3Gel e a C-mo Medical Solutions são as representantes nacionais, enquanto que no programa Catapult, a seleccionada foi a CRIAM.
No EIT Health Headstart serão apoiadas 89 startups europeias que vão agora ter acesso a mentoria e apoio financeiro (40 mil euros) e ainda competir pela atenção dos investidores e por um lugar no pódio na final. Este ano, o concurso expandiu a oferta para ajudar na procura de soluções digitais de combate à COVID-19 e seleccionou startups que utilizarão este apoio para desenvolver produtos e serviços relacionados com a doença.
A Bac3Gel está a desenvolver um substrato universal para cultura de bactérias que permite gerar infecções humanas in vitro e auxiliar no desenvolvimento de novos antibióticos. Já a C-mo Medical Solutions está a desenvolver um dispositivo de monitorização de tosse, que fornece uma avaliação abrangente dos padrões distintos de tosse de um paciente. Esta solução visa facilitar e agilizar o diagnóstico da doença subjacente à tosse, permitindo a prescrição de terapias e tratamentos personalizados e precisos.
Em 2020 ano a participação no programa Headstart foi três vezes superior à de 2019, já que foram recebidas mais de 150 candidaturas. A lista de todos os projectos seleccionados encontra-se disponível aqui.
No programa, o EIT Health Catapult, os semifinalistas disputam lugares na final em três categorias: medtech, saúde digital e biotecnologia. Até à Grande Final, as equipas irão ter acesso a mentores e formação em modelo de negócio e planeamento, negociação de acordos de investimento e formação em pitch, assim como um acesso facilitado a especialistas e investidores de alto nível.Os lugares do pódio equivalem a prémios monetários de 40, 20 e 10 mil euros, respectivamente. Conheça os os projectos que chegaram às semi-finais aqui.
Entre os seleccionados deste programa há uma equipa de Portugal, a CRIAM cuja missão é fornecer análises ao sangue rápidas, acessíveis e in situ. A abordagem de dispositivo-como-plataforma da startup aumenta a eficiência médica da análise e pode salvar vidas ao poupar tempo no diagnóstico.
Inês Matias, business creation manager da EIT Health InnoStars (na foto), explica a importância do ecossistema de inovação: «A chave para o desenvolvimento de sistemas de saúde inovadores está nas mãos da próxima geração: jovens talentos que desenvolvem as soluções de saúde do futuro. O nosso objetivo é fornecer o suporte necessário, orientação e oportunidades de networking a todos eles. Tenho muito orgulho em ver que existem tantos jovens talentosos nestas regiões em franco desenvolvimento, que trabalham em soluções de saúde que podem vir a tornar a vida de muitas pessoas mais saudável e longa».