Um estudo mundial efectuado pela Seres revela que, actualmente, 63,1% dos países já estão a utilizar factura electrónica, seja por iniciativa própria das empresas ou por exigência legal.
No contexto da transformação digital e modernização, a factura electrónica é uma das inovações que enfrentou maiores resistências por parte das empresas, que viram nela não só a desmaterialização do documento mais importante de qualquer negócio, como também uma nova ferramenta de controlo fiscal. Esta resistência foi superada em muitos casos com enquadramentos legais que tornaram obrigatória (total ou parcialmente), o que já acontece em 30,8% dos países onde já é utilizada.
No entanto, em 32,3% dos países, a adopção da factura electrónica foi voluntária, já que as empresas e as instituições reconheceram-na como uma ferramenta indispensável à optimização e à melhoria dos seus departamentos financeiros e à gestão em geral dos seus negócios.
A Europa e a América (principalmente os países da América Latina) são os dois continentes que lideram a utilização da factura electrónica no mundo com uma adopção de 74,3%, segundo o estudo da Seres. Nestas regiões, grande parte do sucesso da utilização da factura electrónica deve-se aos quadros legislativos desenvolvidos pelos vários governos e sectores de actividades com vista a acelerar a sua implementação através da utilização obrigatória. Um exemplo claro aconteceu nos países da União Europeia, concretamente nos casos de interacção entre empresas e a administração pública em que facturação electrónica é agora obrigatória de acordo com a Directiva Europeia 2014/55/EU. Em Portugal, a implementação está a ser realizada de forma progressiva e vai estar concluída até ao final de 2020.
A Ásia, com uma implementação de 64,4 %, segue de perto a Europa e a América. Já a África com 34,5 %, e a Oceânia com 21,4 %, ocupam os últimos lugares do ranking mundial da utilização da factura electrónica.
«Actualmente, a tendência mais relevante é o recurso a fornecedores de facturação electrónica, entidades reguladas que oferecem serviços de facturação às empresas, geralmente de pagamento por utilização, que garantem a máxima segurança, fiabilidade e rastreabilidade das facturas, inclusive em sistemas mistos que conjugam o suporte digital e o suporte em papel», esclarece Alberto Redondo, director de marketing da Seres para a Península Ibérica e a América Latina.