Apesar das anunciadas sanções norte-americanas que deverão entrar em vigor em Setembro, a Huawei conseguiu receitas de 52,3 mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, um crescimento de 23,2% face ao mesmo período do ano anterior.
No segmento de negócio carrier, as vendas do primeiro semestre alcançaram receitas de19,10 mil milhões de euros, com um crescimento contínuo na produção e envio de equipamentos para redes sem fios, transmissão óptica, comunicação de dados, TI e produtos relacionados. A empresa diz já ter assegurado 50 contratos comerciais 5G e enviado mais de 150 mil estações-base para mercados em todo o mundo.
Quanto ao segmento de enterprise, o volume de negócios da primeira metade do ano chegou a 4,12 mil milhões de euros.
Relativamente ao segmento de consumo, a facturação do primeiro semestre foi de 28,78 mil milhões de euros com as remessas de smartphones Huawei (incluindo equipamentos Honor) a chegarem às 118 milhões unidades, mais 24% quando comparado com o mesmo período de 2018. A empresa também teve um rápido crescimento ao nível dos tablets, PC e wearables.
A tecnológica anunciou ainda que, até ao momento, o seu ecossistema dos serviços móveis tem mais de 800 mil programadores registados e 500 milhões de utilizadores em todo o mundo.
Liang Hua, chairman da Huawei, afirmou que a actividade da empresa tem decorrido de forma tranquila e que a Huawei está mais sólida do que nunca mas alerta para o futuro: «Dada a base que estabelecemos no primeiro semestre do ano, continuamos a crescer mesmo depois de termos sido adicionados à lista de entidades do governo americano, o que não quer dizer que não tenhamos dificuldades pela frente. Temos e podem afectar o ritmo do nosso crescimento no curto prazo».
O responsável mostrou-se, no entanto, optimista: «Estamos totalmente confiantes no que o futuro nos reserva e vamos continuar a investir como o planeado – incluindo um total d15,64 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento neste ano. Vamos superar estes desafios e estamos confiantes que a Huawei vai entrar numa nova fase de crescimento, depois de o pior já ter passado».