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Minho recebe centro de computação avançada

O Minho Advanced Computing Centre (MACC) foi inaugurado hoje e vai ter o primeiro supercomputador a operar em Portugal.

O Minho Advanced Computing Centre, situado em Riba d’Ave, foi hoje inaugurado e inclui  o primeiro supercomputador a operar em Portugal,  o qual vem aumentar em cerca de 10 vezes a capacidade nacional de computação.

O centro que vai ser operado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), em parceria com a Universidade do Minho, foi criado no âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais – INCoDE.2030 e da Estratégia Nacional de Computação Avançada.

A iniciativa vem facilitar a participação de Portugal nas diferentes redes e consórcios europeus envolvidos no desenvolvimento e na utilização de computação, em particular no reforço da Rede Ibérica de Computação Avançada – RICA e da iniciativa Europeia EuroHPC – European High performance Computing.

O MACC está instalado no data center da REN, cuja operação é gerida de forma segregada por essa entidade e pela NOS. Os sistemas já estão instalados na área operada pela NOS e pretende-se que seja alimentado maioritariamente por fontes de energia renováveis, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica.

O supercomputador que recebeu o nome  BOB tem uma capacidade de memória de 266TBytes, 1PByte de capacidade de armazenamento, 1 PFlop de performance de cálculo e  800 nós de computação.

Adicionalmente, o centro de computação avançada vai receber uma segunda máquina de nível petascale no âmbito da iniciativa Europeia EuroHPC, capaz de executar, pelo menos, 10 PFlops, ou 10 mil biliões de operações por segundo.

O segundo supercomputador cuja a instalação foi aprovada pela Comissão Europeia vai chamar-se Deucalion e deverá começar a ser realizada até ao final de 2020.

A criação do MACC abre assim novas oportunidades em Portugal, quer para grupos de investigação dedicados à supercomputação, quer para um crescente grupo de áreas de investigação e trabalho com crescentes necessidades de processamento digital de informação, entres as quais se destacam a medicina, a terra e o espaço, a física e a mobilidade.

Este reforço da capacidade computacional nacional representa também uma oportunidade única para o tecido empresarial português e nesse âmbito foram assinados dos protocolos.

O primeiro entre a FCT, a REN e a NOS em que as duas empresas garantem todas as condições de alojamento e operação do supercomputador por um período de 6 anos enquanto que a fundação apoia projectos de I&D em inteligência artificial num total de 2 milhões de euros.

O segundo protocolo, assinado com a REN, a NOS e a EDP, visa a promoção da utilização da computação avançada em áreas de aplicação com interesse e retorno directo para a economia, bem como o estudo de modelos mais eficientes de alimentação em energia elétrica do MACC.