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Português ainda é rei nos centros de contacto

Depois de algumas experiências menos positivas com contact centers de apoio técnico, devido ao atendimento não ter sido feito em português europeu e de não termos sido correctamente compreendidos, fomos perceber como é a realidade da nossa língua nos customer services e fomos surpreendidos pela positiva.

Um pouco por todo o país

«O conceito de proximidade tem estado na génese da estratégia adoptada pela Altice Portugal e os contact centers têm sido um pilar preponderante nesse âmbito», revelou à businessIT, fonte oficial da empresa. A Altice tem «sessenta contact centers que empregam mais de 5500 pessoas» e estão situados em Amarante, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Évora, Fafe, Funchal, Guarda, Lamego, Lisboa, Macedo de Cavaleiros, Oliveira do Hospital, Penafiel, Porto, Santo Tirso, Setúbal, Vieira do Minho, Vila Real e Viseu.

O operador de telecomunicações quer assim «levar investimento, inovação e emprego» a todo o País, «contrariando a tendência de centralização nos grandes centros urbanos que se verifica» em Portugal. Segundo a mesma fonte, os assistentes são na «grande maioria» de Portugal: «95% de colaboradores têm nacionalidade portuguesa, sendo os restantes 5% correspondentes a outras nacionalidades».

Além de apoio técnico e apoio aos consumidores, quer particulares, quer empresarias da Altice, estes centros prestam ainda serviços para um «leque cada vez maior de empresas, desde PME a multinacionais».

A especificidade do mundo da saúde

A Glintt trabalha ao nível empresarial e, apesar de não termos tido oportunidade de fazer uma experiência, quisemos perceber como funciona o customer service desta tecnológica que, além de outras áreas, está focada na saúde.

Sérgio Cruz, director support services da empresa, disse que os centros de apoio da Glintt se situam na Beloura e no Porto, onde estão cerca de 70% dos operadores. Os restantes 30% estão em vários distritos, como «Coimbra, Faro, Mirandela, Castelo Branco, Évora, Madeira e Açores».

O executivo referiu que a empresa tem «sessenta colaboradores» todos de nacionalidade portugueses, mas salvaguardou o facto de haver «diferentes grupos de atendimento especializado». Além disso, Sérgio Cruz explicou de que forma é que este serviço de apoio é diferenciador: «É fundamental que exista um profundo conhecimento da actividade dos clientes que servimos, que podem ser tão diferenciados como uma farmácia comunitária ou um grande grupo hospitalar. Temos diferentes números de contacto para cada segmento de clientes e os operadores que os atendem têm, naturalmente, perfis diferentes, porque a experiência que queremos transmitir aos utilizadores que nos contactam é a de uma resolução rápida e competente».

O responsável destacou ainda que a «língua portuguesa é claramente predominante» já que a Glintt trabalha com clientes de «Portugal, Angola e Brasil».