Em Foco

A promessa de uma computação (quase) sem servidores

Capacidade e ir mais rápido para o mercado

De resto, não conseguimos que mais nenhum interlocutor nacional nos falasse deste novo conceito. Michael Behrendt, IBM serverless and cloud functions chiefs architect, explicou-nos que, para os clientes, há basicamente três impulsionadores principais deste conceito: «A capacidade de ir mais rápido para o mercado, o suporte a novos modelos de negócio e uma optimização de custos».

Behrendt diz que serverless será um tema que irá ampliar o seu escopo e ser aplicável a um conjunto mais amplo de cargas de trabalho e cenários. «Isto, em combinação com as proposições de valor que mencionei, vai impulsionar ainda mais a sua adopção e aceleração».

Uma forma abstracta de executar

O serveless computing é apresentado por Jason Daniels (CTO cloud & application services da fujitsu EMEA) como a próxima etapa evolutiva para executar aplicações na cloud. O conceito «fornece uma forma abstracta de executar uma aplicação ao mesmo tempo que transfere as responsabilidades da gestão da plataforma subjacente para o provedor de serviços da cloud».

Para Jason Daniels, isso permite que uma empresa se concentre no desenvolvimento de valor de negócios no código e melhore a experiência geral do utilizador e não perca tempo com a gestão de máquinas virtuais e componentes associados – a experiência do utilizador vem em primeiro lugar. «No mercado actual, o serveless computing pode ser dividido em duas áreas principais: uma com foco na execução de uma aplicação e outra na execução do código».

A primeira área focada por Jason Daniels é o ‘Cloud Foundry, Kubernetes e Docker’. Esta tecnologia permite que os programadores executem a sua aplicação totalmente na cloud, sendo uma entidade terceira a cuidar da gestão da plataforma. «Os programadores, simplesmente, arrastam a aplicação e os seus recursos para a plataforma e a plataforma torna a aplicação disponível para escalonamento. Na verdade, este processo dá a sensação de que não há servidores, apenas uma maneira fácil de executar e dimensionar uma aplicação».

A segunda área é o já comentado Function as a Service (FaaS), que permite aos programadores descompilar blocos da aplicação em linhas de código e executar de forma independente cada linha de código. «Esta vertente de computação permite que pequenas linhas de código sejam executadas com base em eventos, com a possibilidade de encadear funções para fornecer habilidades semelhantes a aplicações». Novamente, diz Jason Daniels, este processo «transmite a sensação de que não existem servidores, para que os negócios se «concentrem no código e na experiência do utilizador».