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Estudo Allianz: interrupção de negócios é a principal preocupação das empresas portuguesas

O Barómetro de Risco Allianz 2019 revelou que o risco cibernético é actualmente a maior preocupação das empresas a nível mundial.

O oitavo estudo anual da seguradora sobre riscos globais de negócios contou com a participação de 2415 CEO, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros de 86 países e revelou que 37% dos inquiridos considera que os incidentes cibernéticos a par da interrupção de negócios (37% das respostas) são os principais riscos de negócio.

O crime cibernético custa cerca de 600 mil milhões de dólares por ano e estes incidentes são cada vez mais propensos a desencadear litígios, já que as violações de dados ou interrupções de TI podem gerar grandes responsabilidades de terceiros.

As organizações estão também preocupadas com as catástrofes naturais (3º lugar com 28%das respostas), o Brexit e os conflitos comerciais como mostra o facto de 27% dos entrevistados terem referido como risco as alterações na legislação e regulamentação (4º lugar).

Além disso, as alterações climáticas (8.º lugar com 13% ) e a falta de mão-de-obra qualificada (10.º lugar com 9%) foram os valores que mais subiram neste último ano.

Preocupações das empresas portuguesas

Para 39% dos 29 executivos portugueses que participaram no estudo, a interrupção de negócios, incluindo a suspensão de cadeias de fornecimento é o principal risco, o que é seguido pelos incidentes cibernéticos, como violação de dados e falhas de TI (36% das respostas), catástrofes naturais (33% das respostas), evolução do mercado (31% das respostas), alterações na legislação e regulamentação, evolução macroeconómica e novas tecnologias (18% das respostas), alterações climáticas, incêndios e explosões e retirada de produtos, gestão de qualidade e defeitos em série (15% das respostas).

«As empresas precisam de planear uma grande variedade de cenários e estímulos disruptivos, já que é aí que a sua grande exposição se encontra na actual sociedade em rede», refere Chris Fischer Hirs, CEO da Allianz Global Corporate & Specialty

«Os riscos disruptivos podem ser físicos, como incêndios ou tempestades, ou virtuais, como uma interrupção de TI, que pode ocorrer por meios maliciosos e acidentais. Estes podem derivar das suas próprias operações, mas também de fornecedores, clientes ou prestadores de serviços de TI da empresa. Seja qual for a causa, a perda financeira para as empresas após uma paralisação pode ser enorme. As novas soluções de gestão de risco, ferramentas analíticas e parcerias inovadoras podem ajudar a compreender melhor e a mitigar a infinidade moderna de riscos e evitar perdas antes que estes ocorram», acrescenta o executivo.