Veredicto
Admitimos que, quando fizemos a primeira transferência para o N26, de quinhentos euros, achamos que estávamos provavelmente a arriscar demasiado. Isto, mesmo sabendo que, em ambos os casos, o dinheiro, apesar de na ‘nuvem’, estar coberto até cem mil euros.
Lemos muitos relatos antes de o fazer. A maioria, admitimos, a dizer bem (simplicidade, transparência e poupança em taxas era os maiores elogios), mas também a dizer mal, nomeadamente problemas na instalação das aplicações, no contacto com o banco, etc. No nosso caso, correu tudo mais ou menos da forma como as entidades revelaram,a não ser no tempo de espera no live chat: mais de 45 minutos para responderem à minha questão. Que ficou solucionada com um… «desinstale e volte a instalar, se faz favor». Ou seja, um maravilhoso reset, não estivéssemos no mundo das tecnologias.
De resto, o cartão foi aceite em todo o lado, quer em Portugal, Espanha ou Alemanha. E mais: numa portagem em Espanha, enquanto o nosso tradicional cartão de débito Millennium não funcionou – dizia ‘cartão não válido’ –, o N26 mostrou-se à altura.
Não chegamos a usar os serviços da TransferWise do N26, mas fizemos uma transferência do nosso Revolut para o N26 ( ou seja, da Grã-Bretanha para a Alemanha) e os custos foram zero, enquanto, por exemplo, transferir dinheiro do Montepio para o N26, custa 1,04 euros em taxas.
Mas isto quer dizer que podemos deixar de ter uma conta nacional e assim evitar pagar taxas e comissões e cartões e manutenções? Não propriamente, pelo menos para já. Ao não estarem ligados à rede Multibanco, não nos permitem fazer pagamentos de serviços, comprar bilhetes da CP, etc. Agora, para viajar é uma excelente alternativa, assim como nos parece ideal para segunda conta. No nosso caso, mesmo depois do trabalho terminado – e apesar de não termos usado exaustivamente, o que esperamos fazê-lo e, se for caso disso voltar ao tema – vamos continuar a usar as duas soluções no nosso dia-a-dia, como complemento a uma conta bancária nacional.
E a segurança? Calma. Para já, centremo-nos o facto de o dinheiro estar seguro pela banca. Agora, se as aplicações sobre onde o dinheiro está estão seguras, isso já é outra coisa, que dará todo um outro tema de capa. É que agora, já nem ao Totta nos podemos ir queixar.