A quinta edição da Expo TI, organizada pela Databox, reuniu mais de 46 expositores, no Centro de Congressos do Estoril. Com várias marcas de destaque no evento, a Expo TI foi também uma oportunidade para alertar para as oportunidades disponíveis no mercado.
Na edição da Expo TI da Databox em Lisboa, a empresa reuniu várias marcas para debater o actual panorama de canal. E, a juntar a isto, o Centro de Congressos do Estoril também serviu para mostrar as novidades das diferentes marcas para este ano.
Na sessão de inauguração do evento, André Reis, CEO da Databox, pediu aos clientes e marcas presentes para «aproveitarem para captar todas as excelentes oportunidades» disponíveis.
Para José Manuel Aguincha, sales director da Databox, a Expo TI é uma oportunidade para ver como as oportunidades vão «cair em avalanche». Para o responsável da marca, a forma como a tecnologia está a mudar a ordem das coisas deve ser uma questão a manter debaixo de olho: «A forma como vemos o mundo e como o mundo se vai comportar… Há negócios, oportunidades e a tecnologia está a mudar a forma como nos comportamos em sociedade».
Realidade aumentada no supermercado
Para mostrar este “mar” de oportunidades, o sales director da Databox mostrou alguns vídeos sobre pequenas alterações do dia-a-dia, fortemente alicerçadas na tecnologia: uma visita ao supermercado que tira partido da realidade aumentada, idas às compras sem precisar de passar pela caixa ou até provadores inteligentes, em que é possível visualizar novas peças de roupa, sem trocar uma única peça. «Estão a ver todas as oportunidades de negócio disponíveis nestes vídeos?», perguntou José Manuel Aguincha, à audiência.
Além de apresentar alguns dados sobre os resultados da Databox (ver caixa), José Manuel Aguincha apontou algumas áreas de negócio como estratégicas: o segmento Vision, por exemplo, que o responsável da Databox refere como «uma das áreas de negócio em crescimento exponencial». Segundo o mesmo, há nichos de negócio aos quais é preciso prestar «muita atenção»; outro exemplo dado estava ligado aos «softwares de recuperação – a questão da salvaguarda de informação é uma questão ao qual têm de apresentar os seus clientes».
Empresas têm de merecer confiança dos clientes
A Expo TI contou com um painel de discussão, com o tema ‘O canal de distribuição, hoje e amanhã’, que teve a presença de empresas como a Fujitsu, a HP (que também se fez representar pelo departamento Entreprise), a Dell e a Intel. José Correia, managing director da HP Portugal, lembrou que a «diferenciação é a chave para o amanhã». Este responsável destacou ainda a importância de acrescentar valor aos negócios dos clientes, através de serviços e especialização. Com um discurso focado na capacidade de adaptabilidade ao mercado, José Correia lembrou ainda outro ponto fulcral, nesta época de mudança: «Cada uma das empresas tem de fazer pela sua marca», explicou, destacando que a questão da confiança dos clientes também não deve ser desvalorizada.
«Em Portugal sabemos um pouco de tudo»
Gonçalo Ferreira, que lidera a Dell em Portugal, destacou a importância do negócio de canal para a empresa: «Mais de 80% do negócio é feito através do canal», explicou, na conferência da Expo TI. «Seria impossível gerirmos um portefólio tão grande sozinhos, isso seria impossível sem o nosso canal de distribuição», referiu o responsável da Dell.
Também Carlos Silva Leite, responsável pela HP Enterprise, destacou que 85% do negócio da HPE em Portugal é feito através de revendedores. Para este responsável, algumas das características do mercado português são um meio caminho andado para a inovação: «Portugal tem uma dimensão que é propícia para inovar. Além disso, temos a vantagem de saber um pouco de tudo». E, segundo o responsável, é justamente isso que diferencia o mercado português.
Transformação digital vai criar «muitas oportunidades»
Para Carlos Barros, da Fujitsu, «os paradigmas estão todos a mudar; se calhar, áreas de negócio estão a ganhar maior importância, é necessário trabalhar parcerias». A visão do director-geral da Fujitsu é clara: «O mercado precisa de parceiros e enfrenta desafios que só podem ser resolvidos neste binómio», acrescentou.
«O futuro do negócio vai passar sempre pela transformação digital», referiu Tiago Terrível, da Intel Portugal, com a empresa a depender a «100% do canal». Para este responsável, a actual situação do mercado, recheada de desafios, tem de ser encarada de outra forma: «Ao mesmo tempo que cria medo e desafios [a transformação digital], também vai criar muitas oportunidades», concluiu Tiago Terrível. Para Gonçalo Ferreira, da Dell, «o canal está mais do que preparado» para o que aí vem.