A GetSocial é a startup portuguesa que está a mostrar às empresas como é que as audiências reagem aos diferentes conteúdos, mas com uma diferença: a análise das partilhas feitas em privado.
Em 2013, João Romão fundou a GetSocial, ao aprender com a experiência de uma empresa que não vingou, a Wishareit, e ao mudar o foco do destinatário final. «Enquanto a Wishareit se destinava ao público em geral (B2C) a GetSocial foi criada para servir empresas (B2B), inicialmente com foco no comércio electrónico», diz João Romão.
Mas, com o tempo, também isso mudou e hoje a GetSocial trabalha com marcas e grupos de media e, «residualmente com comércio electrónico», explica o fundador da empresa, reforçando as «constantes experiências no produto e no modelo de negócio».
Segundo o fundador, a GetSocial é um software que se instala nos sites dos clientes e que tem como função principal «medir todas as interações sociais (partilhas) neles existentes». Mas num mercado em que se multiplicam as soluções de analítica focadas nas redes sociais, é preciso diferenciação e a GetSocial tem uma particularidade: o âmbito dos dados que são medidos.
«Ao contrário do que é comummente entendido, a maior parte das partilhas não é feita através dos clássicos botões de partilha (que vemos em todos os sites), mas sim através de copy-paste, muitas vezes para canais privados (chats, SMS, email e outros)», refere João Romão. Ao incluir aquilo que chama de ‘Dark Social’ nas análises, a GetSocial permite às empresas ter outra métrica para complementar as análises.
«O que não pode ser medido não pode ser melhorado»
É desta forma que João Romão explica a importância destas partilhas através de canais privados. «Quando mais de 80% das partilhas são feitas de uma forma que não está a ser entendida, há prejuízo para quem produz conteúdo», reforça o fundador da GetSocial.
A título de exemplo, um dos clientes da startup no Reino Unido teve uma surpresa com esta análise das redes sociais. «Quando começámos a medir efectivamente que percentagem de tráfego vinha dessas redes, descobrimos que não eram 6 mas sim 53%; a grande diferença era a de que a maior parte desse tráfego não vinha de redes como Facebook ou Twitter, mas sim de outras como WhatsApp e Facebook Messenger», explica.
Actualmente, a startup tem 90% da sua facturação originária dos Estados Unidos e da Escandinávia. «Em 2018, pretendemos escalar as actividades que trouxeram retorno no passado e continuar a experimentar novas formas de crescer», avança João Romão, acrescentando ainda que a startup já apostou num reforço da equipa, para as áreas de vendas e marketing.