Em Foco

2018: o ano do optimismo

Crescimento económico

A importância da consciencialização

Um factor fundamental que mudou em 2017 foi a consciencialização do conceito de ‘mobile payment’ e a sua crescente aceitação, disse-nos Pedro Duarte, country manager da SEQR.

Esta mudança foi conseguida, no seu entender, pela «promoção e divulgação feita pelos grandes empresas internacionais» e, também, através das «várias acções locais dos diferentes players». Em 2018, a empresa espera consolidar a presença na Europa, tanto a nível de crescimento de comerciantes como de utilizadores, além dos mercados tradicionais em que a SEQR já tem uma forte presença. «A segunda grande área de actuação para o próximo ano, em que esperamos continuar a registar um crescimento relevante, é a da optimização e  da rentabilização das várias fontes de receitas», destacou Pedro Duarte.

As receitas também estão na mira da ActiveSys; esta empresa espera que 2018 seja um ano de grande crescimento e de conquista de novos clientes. «Em 2017 crescemos mais que aquilo que estava definido no plano de negócios e, em 2018, acreditamos que também vamos superar o planeamento que fizemos. Vamos crescer em volume de negócios, mas também em número de pessoas, técnicos, pré-venda e comerciais», disse António Louro, administrador.

Para 2018, a IFS acredita que a tendência será incrementar o investimento em novos dispositivos inteligentes, sensores IoT e talento profissional para a gestão de uma analítica de dados mais avançada. «Os clientes de IFS a nível mundial já comprovaram que a solução Smart Device + Business Solution gera empresas e utilizadores muito mais produtivos e eficazes. E, em 2018, precisamente estas empresas que se encontram num ponto mais maduro de transformação digital, já experimentará a rentabilidade da mudança», disse um porta-voz da empresa.

 

‘Me, me, me’

O ano de 2018 será de crescimento e aceleração da mudança, seja climática, económica, política e geracional, confessa Rui Serapicos, da Cionet Portugal,  até porque será o ano em que os primeiros cidadãos da geração Z passam à maioridade. «Essa mudança vai caracterizar-se pelo surgimento de mais serviços inovadores direcionados para essa geração com um enfoque menor no ‘me, me, me’ [ndr: tradução literal para português ‘eu, eu, eu’] e um enfoque maior em fazer a diferença».

Numa vertente mais empresarial, Alexandre Rosa, CEO da Noesis, espera que 2018 seja tão positivo quanto o ano de 2017, num alinha de seguimento das boas práticas de empresa: «Queremos continuar a desenvolver as soluções mais adequadas para os nossos clientes, bem como a acompanhá-los e ajudá-los no processo de transformação digital».

Nos últimos anos, a Noesis tem vindo a apostar no mercado internacional e quer continuar a reforçar e a consolidar a sua presença na Holanda, no Brasil e na Irlanda. «A nível nacional, pretendemos continuar a ser a consultora de referência no desenvolvimento de soluções que aumentam a produtividade e competitividade dos nossos clientes».

João Moreira, PCA da Ábaco Consultores, espera, tal com a Noesis, que o próximo ano seja tão positivo quanto 2017. «Esperamos continuar a investir na consolidação a nível nacional e na internacionalização da Ábaco Consultores, através da angariação de novos projectos com recurso à tecnologia SAP, mas também através da nossa própria linha de negócios que gostaríamos de explorar e aumentar a sua importância».

 

Foco nos produtos

O lançamento das novas soluções hybrid cloud Sage 50c, Sage100c e Sage for Accountants foram os grandes marcos de 2017 para a Sage. «Estas novas soluções estão a ter um enorme sucesso no mercado das start-ups, PME e contabilistas e permitem tanto o aumento de novos clientes, como a impulsionar em larga escala a migração da nossa base instalada», explica Josep María Raventós, country manager da Sage Portugal. «Foi, sem dúvida, uma das principais alavancas de crescimento do ano fiscal 2017», disse o responsável.

Em 2018, o desejo é manter o ritmo de crescimento de dois dígitos na Sage Portugal: «Isto vai ser possível porque estamos a colocar foco em todos e cada um dos segmentos do mercado e por um maior e melhor desenvolvimento do nosso ecossistema de parceiros de negócio», justifica Raventós.

Também focada no seu produto, a Closer teve como elementos mais marcantes do ano a conquista do mercado suíço, o desenvolvimento e continuação do sucesso do Evalyze (plataforma de gestão de operações que recorre à Inteligência Artificial para distribuir tarefas, aumentando a produtividade acima dos 30%), e a abertura ao mercado atuarial.

Já a Opensoft apostou no lançamento de dois novos produtos, o Lightweightform e o Saftpro que, segundo o diretor-geral José Vilarinho, foram  os «momentos mais marcantes» de 2017. Este responsável explicou ainda que ambos surgem na «continuidade do trabalho de desenvolvimento de soluções tecnológicas», ressalvando que esta foi a «primeira vez» que a Opensoft disponibilizou uma framework open source e gratuita dirigida a programadores: o Lightweightform.

Por outro lado, o Saftpro é uma solução específica para a administração fiscal, que «assegura a recolha e processamento de grandes volumes de dados, mais concretamente de ficheiros SAF-T».

 

Ano de mudança

Crescer três dígitos na área de produtos SaaS e dois dígitos na área de serviços são os desejos que Nuno Guerra, CEO da Create IT, que ver concretizados em 2018: «Para crescer com esta ambição na área de produtos estamos a trabalhar activamente no desenvolvimento da nossa rede de parceiros com vista à entrega dos nossos produtos ao mercado nacional e, principalmente, internacional».

A Check Point espera continuar a obter resultados financeiros em linha com o que tem sido reportado, com receitas e lucro acima das suas projecções. «As nossas soluções de protecção contra ameaças avançadas continuarão seguramente a ser bem recebidas pelo mercado, e a plataforma Infinity prosseguirá o seu caminho de aceitação entre os clientes».

O mesmo objectivo tem a InnoWave, cuja expectativa é de um «crescimento importante no negócio» (+50%), em consequência da «aceleração» feita em 2017 na abertura de novos escritórios internacionais, assim como na aposta na criação de «produtos inovadores».

O ano de 2018 será grandes mudanças na nossa área de negócio da Compuworks, onde a adaptação em várias frentes tem que ser feita em simultâneo. Paulo Moreira, director executivo, assume que os clientes terão de se «adaptar às novas formas de olhar as TI» e de «implementar os vários ângulos de transformação digital» para que se possam «manter competitivas nas suas áreas de negócio».

O director executivo ressalva ainda que 2018 será um ano de «investimento no futuro das empresas em termos de IT», especialmente nas «áreas de segurança, cloud e infraestrutura», todas elas «acompanhadas pela implementação do RGPD em Maio».

 

RGPD vai dar que falar

Aliás, este tema do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados foi muito falado em 2017. «Com a chegada da data em vigor desta normativa existe uma expectativa para saber o que vai acontecer», acrescentou Elizabeth Alves, business development manager da Exclusive Networks Portugal. «As empresas têm-se vindo a preparar nas diferentes áreas, mas vai ser «interessante saber o que vai acontecer depois de Maio», diz  a responsável.

Contudo, para a Exclusive Networks, o ano de 2018 será um ano de «continuidade». Em jeito de conclusão, Elizabeth Alves lembra que as empresas trabalham num «planeamento de soluções tecnológicas que lhes garante um alinhamento aos objetivos de crescimento».

RGPD é um tema no qual também a Commvault é especialista. «Ajudamos as empresas a transformar os dados num activo estratégico, para melhorar o serviço ao cliente, reduzir riscos e automatizar políticas para garantir a conformidade com os regulamentos, como o RGPD». Por isso mesmo, para 2018, Eulalia Flo, country manager da Commvault Iberia, diz esperar que as empresas «continuem a entender o valor dos dados».

Finalmente, Leonardo Militelli, CEO da IBLISS, segue a mesma tendência, dizendo que com a aproximação do prazo do GDPR, é esperado um «aumento dos investimentos por parte das empresas em acções preventivas para estabelecer controlo, melhorar a gestão da segurança da informação e evitar vazamento de dados, fraudes e ataques».