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Estudo da Oxford Economics revela que exclusão da Huawei poderá ter impacto negativo de três mil milhões de euros para a Europa

Portugal poderá perder cerca de 63 milhões de euros anuais com a exclusão da empresa da rede de quinta geração.

Manuel Geissinger/Pexels

A consultora Oxford Economics estudou os custos de uma eventual exclusão da Huawei do desenvolvimento das redes 5G europeias e concluiu que os impactos negativos podem ascender a três mil milhões de euros anuais ou ou quarenta milhões de euros de perda do Produto Interno Bruto europeu até 2035.

O relatório Restricting Competition in 5G Network Equipment throughout Europe revela que as retricções à fabricante de Shenzhen podem representar um aumento de 19% do custo anual associado aos investimentos de implementação da próxima rede móvel.

Por outro lado, a diminuição da concorrência na Europa, além de resultar em custos de investimento mais elevados, iria «atrasar a implantação das redes», sendo que «56 milhões de pessoas veriam adiado o acesso ao 5G até 2023», revela a Oxford Economics.

Um atraso na implementação do 5G também potenciaria uma desaceleração da inovação tecnológica e uma redução no crescimento económico. Neste contexto, a Oxford Economics estima que o PIB português pudesse sofrer, até 2035, um rombo na ordem dos 500 milhões de euros, o PIB de França de cerca 7,3 mil milhões de euros e o da Alemanha de 6,9 mil milhões de euros.

Outra das consequências para Portugal do atraso na implementação do 5G seria que «um milhão de portugueses não teriam acesso à rede 5G em 2023, podendo este valor ascender a 1,4 milhões de pessoas».

Por outro lado, a consultora refere que o País poderá ter benefícios com a implementação do 5G, já que a nova rede estimulará a economia, contribuindo com 3,7 mil milhões de euros para o PIB e apoiará a criação de mais de 127 mil empregos.