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Estudo da Mastercard revela que pagamentos electrónicos já não são só para os jovens

Glase Fintech pagamentos contactless

O estudo Hábitos e Atitudes Face à Evolução dos Meios de Pagamento da Mastercard mostra de que forma é que os portugueses entre os 60 e 74 anos vêm a evolução dos meios de pagamento.

Visto que 60% da riqueza e 51% do consumo global está nas mãos de pessoas com mais de 50 anos, não é de estranhar que a empresa de pagamentos esteja a apostar em conhecer melhor esta faixa etária. «Hoje em dia falamos muito de millennials, mas são estas pessoas que vão fazer o drive do consumo mundial» revelou Paulo Raposo, country manager da Mastercard em Portugal, para explicar a importância do relatório.

O estudo realizado pela Ipsos-Apeme, que inquiriu seiscentos portugueses, foi saber quais as soluções mais usadas e de que forma são vistas as inovações dos pagamentos electrónicos. Uma das principais conclusões é a de que 11% dos portugueses com idade entre os 60 e 74 anos estão insatisfeitos a pagar em numerário.

Desses, 42% dizem que pagar em dinheiro não é cómodo e 28% dizem que pagar com cartão permite-lhes melhor controlo sobre as suas finanças. O estudo revela ainda que 19% dos inquiridos fazem compras online, ainda que esporadicamente, e que 25% têm instalada a app do seu banco. Além disso, os entrevistados com mais habilitações utilizam uma maior diversidade de meios de pagamento.

O futuro é cashless e contactless 
Em relação às principais evoluções ocorridas nos últimos anos, 70% reconhecem uma profunda evolução nos pagamentos: desses, 69% avaliam a mudança de forma muito positiva. Sobre as novas formas de pagamento, 14% referem o homebanking e 11% os pagamentos contactless, através do telemóvel e os cartões virtuais para utilizar online.

Quanto a um futuro sem o uso de numerário, 32% vêm mais desvantagens que vantagens, com 27% a recearem que o fraco domínio tecnológico seja uma barreira à adopção de novos meios de pegamento. No entanto, 14% consideram que serão mais os benefícios do que as limitações de um mundo cahsless, 40% consideram que será mais prático e 37% mais seguro.

A maioria dos inquiridos discordam que o dinheiro, como o conhecemos hoje, deixará de existir mas 43% acreditam que, daqui a dez anos, tudo será feito via online ou digital e quase metade (47%) que irá pagar as suas compras no supermercado encostando os seus telemóveis ou o seus smartwatches.

Paulo Raposo referiu que os dados revelaram algumas surpresas: «O estudo surpreende porque desmonta o mito urbano de que os nossos pais e avós não estão a acompanhar a evolução tecnológica» e que os portugueses entre os 60 e 74 anos «mostram uma total abertura e vontade de utilizar» o contacless.

Para o executivo, a questão «não é investir em educação, mas sim criar os casos práticos que fazem com que as pessoas adoptem os hábitos, independentemente da idade e da geografia».